ME LEVA PARA CASA


Título: ME LEVA PARA CASA
Texto base: Lucas 15:11-20     :: Baixe Aqui! ::


“Para explicar ainda melhor esse assunto, contou-lhes a seguinte parábola: “Um homem tinha dois filhos. Quando o mais jovem disse ao pai: ‘Pai, eu quero agora a minha parte da herança’, o pai concordou em dividir a fortuna entre os filhos. “Poucos dias depois este filho mais jovem juntou toda a parte dele, viajou para uma terra distante, e ali gastou todo o dinheiro de maneira irresponsável”. Quando o dinheiro dele acabou, uma grande fome espalhou-se sobre a terra, e ele começou a passar necessidade. Foi então a um fazendeiro local pedir para trabalhar na fazenda; este o mandou para o seu campo para cuidar dos porcos. O jovem andava com tanta fome que desejava encher seu estômago com as vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. “Quando ele finalmente voltou ao seu juízo, disse consigo mesmo: ‘Lá em casa até os empregados do meu pai têm comida de sobra, e aqui estou eu, morrendo de fome! Eu vou para casa, junto do meu pai, e lhe direi: “Pai, eu pequei contra o céu e contra o senhor. E já não mereço ser chamado seu filho. Por favor, trate-me como um dos seus empregados” ’.
Então ele levantou-se e voltou para casa, para junto de seu pai. “E quando ainda estava longe, seu pai o viu, e seu coração se encheu de compaixão, e ele correu em direção ao seu filho, o abraçou e beijou.”

INTRODUÇÃO:

É maravilhoso ter um lugar para chamar de casa.
Nos nossos 15 primeiros meses de casados, eu e minha esposa passamos cinco meses fora da nossa cidade, e em apenas 30 dias de casados, dormimos em nove lugares diferentes.
Jesus contou a parábola de um jovem de família abastada que decidiu tomar a parte da herança que lhe caberia e sair de casa. Durante algum tempo ele curtiu os mais diversos prazeres passageiros mundanos, porém depois perdeu tudo o que possuía e se viu na miséria. Foi quando ele caiu em si e decidiu retornar para casa.
Se analisarmos a parábola contada por Jesus veremos tratar-se de um absurdo. Como pode um jovem exigir do pai, em vida, a parte da herança que lhe caberia sem que o pai houvesse morrido? Isso certamente é um absurdo! Entretanto, Jesus usou esse absurdo para ilustrar o reino de Deus.

TRANSIÇÃO:

Na jornada da vida passamos por lugares bons, ótimos, regulares, ruins e péssimos, mas nenhum lugar se compara à nossa casa. (01-08-2019) Hoje Deus quer nos levar de volta para casa, para o lugar de desfrutarmos da comunhão com o Pai celestial.
Permitamos que o Senhor nos ministre acerca da necessidade de voltarmos para a casa do Pai.

1- A CURIOSIDADE DO JOVEM:

Em minha infância, certa vez, assisti a uma pegadinha (brincadeira) na qual a produção colocou em uma calçada muito movimentada um cubículo com o seguinte dizer: NÃO OLHE. No interior do cubículo havia dois homens, que gritavam em alto e bom som: “É um! Pá, pá, pá...”.
• Adivinhem o que as pessoas faziam ao ver tal cena... As pessoas não se continham de curiosidade e... Olhavam!
• Ao final da brincadeira, os homens cantavam: “46, pá, pá, pá...”.
A curiosidade é uma característica própria dos jovens. Mas curiosidade é bom ou ruim? A resposta mais inteligente é... depende. Curiosidade em relação a quê?
Se você for curioso quanto, academicamente falando, você lerá duas ou três bibliografias enquanto seus colegas lerão apenas uma, e isso será muito bom. O filho pródigo, por sua vez, teve curiosidade quanto aos prazeres do mundo. (03-08-2019) O fato é que nossa curiosidade pode nos fazer grandes homens ou podem nos destruir.
O que tem despertado nosso interesse? O que aguça nossa curiosidade?
Isso demonstra o quão perto ou longe estamos do Pai.
“Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo.
Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus.” (Romanos 8:5-8 NVI).

2- O ABANDONO DO PAI:

O filho pródigo abandonou o pai. (04-08-2019) Abandonar aquele que nos deu tudo é o maior dos atos de ingratidão.
“Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.” (Lucas 15:13 ARA).
Há alguns dias acompanhei o caso de um garoto de onze anos que sofreu um trauma ocular e teve uma ferida penetrante na córnea direita. Antes de ser levado ao centro cirúrgico, o padrasto, que o acompanhava, sob o argumento de que iria comprar uma marmita, saiu do hospital e abandonou o menino sozinho.
• Talvez você esteja pensando: “Que absurdo!” ou “Este homem deveria responder perante a lei por tal ato de crueldade com o garoto doente!”. Concordo plenamente. Tudo isso é verdade.
• Mas eu pergunto a vocês: que benefícios o garoto deu ao padrasto? Que bondade o menino fez ao homem? Certamente a resposta para ambas as perguntas é negativa. Mesmo assim, o fato nos enfurece.
Agora imaginemos que ingratidão é abandonar o pai que fez tudo por nós, que nos criou, que nos sustenta e que nos dá todas as coisas. É exatamente isso que fazemos com Deus todas as vezes que escolhemos o pecado. Incontáveis vezes temos abandonado o Pai celestial sem ao menos percebermos. Frequentemente somos arrogantes e achamos que o que possuímos é fruto do nosso esforço ou do nosso talento, quando é o Pai que nos dá vida e nos capacita. (08-08-2019) Para voltarmos para casa precisamos reconhecer que abandonamos o Pai.
Nesse contexto, aplica-se a seguinte pergunta: Quem sofreu mais: o pai ou o filho? O filho, que abandonou, ou o pai, abandonado? Certamente o pai. Afinal, o filho nada tinha conquistado na vida e sofreu após desperdiçar todos os seus recebidos com prazeres passageiros. Como filhos de Deus temos de ter a consciência de que tudo vem Dele e deve voltar para Ele, (09-08-2019) e que sempre que decidimos pecar estamos desperdiçando tudo o que Jesus conquistou para nós na Cruz do Calvário.

3- O FILHO PRÓDIGO PASSOU A DESEJAR O QUE ELE ANTES DETESTAVA.

Isso é o ápice da queda. Para sabermos a que distância estamos do Pai basta analisarmos o que desperta o nosso desejo, como já foi dito anteriormente.
Para os judeus, os porcos eram considerados animais imundos, cuja carne não poderia ser comida, e aquele que tocasse o cadáver de um por o era considerado imundo, segundo a lei de Moisés. “E o porco, embora tenha casco fendido e dividido em duas unhas, não rumina; considerem-no impuro. Vocês não comerão a carne desses animais nem tocarão em seus cadáveres; considerem-nos impuros.” (Levítico 11:7-8 NVI).
O filho pródigo encontrava-se em uma situação tão calamitosa que não alarmas tinha de cuidar de porcos para sobreviver como estava em situação mais desprestigiada do que a dos porcos, tanto é que desejava comer as comidas dos porcos.
Um dos maiores sinais de distanciamento do Pai é quando passamos a desejar coisas que antes nos eram imensas e quando os pecados os quais condenávamos passam a ser alvo do nosso desejo. Que a misericórdia do Pai nos alcance e que Ele remova de nós o desejo pela imundície do pecado!

4- A VONTADE DO PAI NÃO É O BASTANTE PARA TRAZER O FILHO DE VOLTA PARA CASA.

Se dependesse apenas da vontade do pai certamente o filho mais novo jamais teria saído de casa. O desejo do pai de receber o filho de volta era tão grande que ele, a distância, vou o filho e correu-lhe ao encontro. “A seguir, levantou-se e foi para seu pai. “Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou.” (Lucas 15:20 NVI).
Não está relatado na parábola, mas é possível que o pai costumasse avistar constantemente a estrada ao longe na esperança de ver seu filho voltar. Quantas vezes na caminhada nós nos afastamos do Pai celestial! Quantas vezes desprezamos a companhia do Deus que pagou o mais alto preço para nos ter por perto!
Mas o fato é que Deus respeita a nossa vontade, de modo que a única coisa capaz de nos dar acesso à casa do Pai celestial é a nossa decisão pessoal e intransferível.
Enquanto não quisermos, o Pai nada pode fazer.

CONCLUSÃO:

É desejo de Deus que voltemos para casa, mas para isso não podemos permitir que os desejos pelas coisas da carne nos dominem. Além disso, precisamos compreender que abandonamos o Pai e que precisamos nos voltar para Ele, pois o desejo do Pai celestial não é o bastante para nos restituir à casa. (11-08-2019) Que não apenas com a boca, mas com todo o nosso ser possamos clamar: “Leva-me para casa!”, e certamente o Pai correrá ao nosso encontro e nos receberá de braços abertos.

Pr. Cássio Braga e Braga

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