A GLÓRIA DA SEGUNDA CASA


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Texto: "A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos" (Ageu 2.9 ARC).

Hoje quero trazer uma palavra de despertamento para a Igreja, afinal o arrebatamento está às portas!

INTRODUÇÃO

O livro do profeta Ageu é o segundo menor do Antigo Testamento, ganhando apenas de Obadias. O nome Ageu significa "festivo", o que leva a crer que ele nasceu durante uma das três festas peregrinas: dos pães ázimos-Páscoa, das semanas-Pentecostes ou das cabanas-Tabernáculos (Dt 16.16). Ageu é conhecido como um dos profetas da restauração, porque o seu ministério profético se deu quando os judeus já haviam retornado à Jerusalém, após 70 anos de exílio (expatriação) na Babilônia, por volta do ano 520 a.C.

Ciro, rei da Pérsia, havia permitido o regresso dos judeus sob a liderança do governador Zorobabel e do sumo sacerdote Josué. Durante o segundo ano de seu retorno, foram lançados os alicerces do novo Templo. A oposição dos samaritanos, porém, fez cessar a obra por dezesseis anos (Ed 4.4-5). Foi quando Deus enviou os profetas Ageu e Zacarias para encorajá-los à retomada da obra. O Senhor declarou:

“Por que todos andam dizendo que ainda não chegou a hora da reconstrução da casa do Senhor?”, pergunta o Senhor dos Exércitos. Por isso a resposta do Senhor veio novamente ao povo por meio de Ageu: “Acaso é hora de vocês morarem em casas luxuosas e confortáveis, enquanto a minha casa continua em ruínas?”
Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Veja o resultado disso. Vocês plantam muito, mas colhem pouco. Têm muito pouco para comer e beber, têm roupas mas não se aquecem no frio. Seus salários desaparecem como se vocês o colocassem em bolsos furados!”
“Pensem bem nisto!”, diz o Senhor dos Exércitos. “Pensem em como vocês têm agido, e vejam qual foi o resultado! Então, subam os montes e de lá tragam madeira para reconstruir o meu templo. Eu me alegrarei nele e aparecerei ali em toda a minha glória”, diz o Senhor" (Ag 1.2-8).

I - A RECONSTRUÇÃO DA CASA DO SENHOR

Os judeus que voltaram do cativeiro estavam tão ocupados com os próprios interesses que passaram a negligenciar a construção do Templo, que era o lugar da habitação de Deus entre eles. As suas casas estavam revestidas de madeira de cedro, enquanto a Casa do Senhor permanecia em ruínas. Deus censura com veemência o seu povo por essa atitude dizendo:

“Acaso é hora de vocês morarem em casas luxuosas e confortáveis, enquanto a minha casa continua em ruínas?”
(Ag 1.4).

É muito fácil perceber o quanto a Casa de Deus é importante para Ele. A ordem do Senhor era no sentido de que eles abandonassem o egoísmo e passassem a se preocupar com a Casa de Deus. O egoísmo nos impede de olharmos para a necessidade do outro. O Apóstolo Paulo adverte que nos últimos dias os homens seriam egoístas, amantes de si mesmos, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus (2 Tm 3.1-5).

Muitos, hoje, estão agindo da mesma maneira, pois não se importam mais com a Casa de Deus, com a Igreja. Estão tão ocupados com o seu trabalho, com os seus afazeres, seus estudos, sua aparência, seu corpo, sua estética, seus negócios, seus interesses pessoais, que não sobra tempo para se importar com as coisas de Deus.

Eu me recordo que algum tempo atrás, existia na Igreja uma classe de pessoas chamada "Crente Domingueiro", que eram aqueles irmãos que passavam a semana toda sumido e só apareciam no domingo. Hoje, tem a classe daqueles que não se esforçam para aparecer nem no domingo. Essa atitude demonstra a importância que eles dão ao Senhor e a Casa de Deus.

O Senhor, através do profeta Ageu, mostra ao povo que a obra de Deus tem que ter primazia. O Reino de Deus precisa ter prioridade na nossa vida (Mt 6.33). Jesus era zeloso pela casa e pela obra de Deus (Jo 2.17, 4.34).

O que estabelecemos como prioridade, indica o amor que devotamos a isso. Nossos valores e prioridades são refletidos na maneira como usamos nossos recursos - tempo, dinheiro, força e talentos. No que você têm aplicado os seus recursos? Que valor você têm dado a presença de Deus na sua vida?

A idéia passada pelo povo de Israel com a sua atitude era de que Deus era irrelevante, sem importância. Eles não sentiam falta do Templo, que era o símbolo da presença do Senhor entre eles, o lugar da adoração onde os sacrifícios eram realizados, onde as ofertas eram entregues e onde o perdão era recebido. Eles não sentiam mais a falta de Deus.

Frequentemente, as nossas ações desmentem as nossas palavras. Dizemos que Deus ocupa o primeiro lugar em nossa vida, mas, na prática, o relegamos a uma posição menos importante em nossa lista de prioridades. Outras coisas ou pessoas assumiram a primazia.

Imagine um cristão que deixa de vir à Igreja, cultuar à Deus, para assistir o jogo do seu time de futebol; ou a esposa que abandona Cristo porque o seu marido não quer servir ao Senhor. Se você fosse Deus, acreditaria que tem de fato a primazia na vida dessa pessoa? A verdade é que muitos estão anestesiados e insensíveis espiritualmente, já não sentem mais saudades da presença do Senhor.

A nossa maior necessidade não são coisas (casa, carro, emprego, cônjuge...), é Deus. Hoje o homem trocou Deus pelas dádivas de Deus. As pessoas querem a salvação e não o salvador. Querem os dons e não o doador. Querem as bênçãos e não o abençoador. Isso é um grande erro, um equívoco! O Deus das bênçãos é melhor do que as bênçãos de Deus.

A igreja necessita desesperadamente da presença de Deus. Nossas vidas serão vazias, nossos cultos sem vida, nossas músicas sem unção e nossas mensagens mortas se Deus não estiver presente. Muitas vezes, confundimos a onipresença de Deus com a presença manifesta de Deus. Deus está em toda parte, mas Deus não se manifesta em toda parte. Quando Deus está entre o seu povo isso é perceptível até mesmo por quem nos visita.

A casa de Deus estava em ruínas enquanto o povo estava acomodado, realizando finos acabamentos em suas casas (Ag 1.4). O Profeta Ageu inspirado pelo Senhor revela claramente as maldições advindas dessa atitude: 

"6. Vocês plantam muito, mas colhem pouco. Têm muito pouco para comer e beber, têm roupas mas não se aquecem no frio. Seus salários desaparecem como se vocês o colocassem em bolsos furados!
9. Vocês alimentam grandes esperanças, mas conseguem muito pouco. Quando trazem esse pouco para casa, eu o faço desaparecer com um leve sopro. O pouco que vocês ajuntam não dura quase nada. Por quê? Porque o meu templo continua em ruínas e vocês nem ligam. Só se preocupam com suas belas casas.
10. É por isso que eu não deixo os céus darem chuva e as suas colheitas são tão fracas” (Ag 1.6,9-10).

"16. Quando vocês esperavam uma colheita de trigo procurando vinte medidas, havia apenas dez. Quando vocês iam ao depósito de vinho para tirar cinquenta medidas, só encontravam vinte.
17. Eu castiguei todo o seu trabalho com ferrugem, bolor e granizo. Apesar disso, vocês teimavam em não voltar para mim”, diz o Senhor" (Ag 2.16,17).

Todas essas maldições foram consequências da falta de zelo, da negligência e do desleixo com a Casa do Senhor.

II - A MANIFESTAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS

A glória da segunda casa só se manifestou quando os judeus reconstruíram a Casa do Senhor.

A Casa que Deus deseja reconstruir hoje, é a sua vida. Você é o Templo do Espírito Santo, a casa espiritual, a morada de Deus (I Co 3.16-17).

O que significa reconstruir a Casa do Senhor? É abandonar o pecado, reatar a aliança com Deus, se santificar, achar o caminho de volta para a Igreja, o caminho de volta para a célula, é cultivar uma vida devocional com Deus, orando, jejuando, lendo a Palavra. É isso que é reconstruir a Casa do Senhor.

Quando reconstruímos o Templo do Senhor, o Altar de Deus em nós, a glória da segunda casa se manifesta na nossa vida.

Que glória é essa? É a glória da presença e do agir de Deus. Quando essa glória se manifesta somos alvos dos milagres, dos sinais e do favor de Deus. Quem deseja essa glória na sua vida?

Quando Israel decidiu reconstruir o Templo, Deus os encorajou com três promessas que também se aplicam a nós quando decidimos reconstruir a Casa do Senhor em nós.

a) O próprio Deus estaria com eles - "(...) e esforça-te, todo o povo da terra, diz o SENHOR, e trabalhai; porque eu sou convosco, diz o SENHOR dos Exércitos" (Ag 2.4). Quando tomamos a decisão de reconstruir a Casa do Senhor em nós, Ele nos garante que não ficaremos solitários e desamparados pois o Senhor dos Exércitos estará conosco (Mt 28.20).

b) O espírito de Deus permaneceria entre eles - "Segundo a palavra da aliança que fiz convosco, quando saístes do Egito, o meu Espírito permanece no meio de vós; não temais" (Ag 2.5). Quando decidimos restaurar a morada de Deus em nós, temos a presença do Senhor através do Espírito Santo como garantia de vitória por isso não devemos temer os nossos inimigos.

c) A glória do último Templo seria maior do que a do primeiro - "A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos" (Ag 2.9).

Comparado com o anterior, o templo que eles estavam construindo teria pouco da sua grandeza. Porém, Deus prometeu que sobre esse templo simples estaria uma maior glória, uma maior “shekinah” do que a que esteve no primeiro.

O Senhor estava ensinando ao seu povo que a glória do templo não dependeria de sua forma exterior, da sua aparência, da estrutura física do edifício, mas sim, da presença de Deus no meio do seu povo.

“O povo olhava para o exterior do templo, enquanto Deus olha para o interior do templo.”

Preferimos que as pessoas entrem na Igreja pelo seu exterior, pela sua beleza ou pelo seu interior?

No que estamos chamando a atenção de Deus? O que atrai a atenção do Senhor não é as roupas de grifes famosas que usamos. Isso pode até impressionar as pessoas, mas não impressiona Deus. O seu carrão, a sua bela casa, pode até atrair o olhar dos homens, mas não atrai o olhar de Deus.

O que atrai o olhar de Deus não é o seu exterior, nem tão pouco, os bens que você possui. O Senhor se sente atraído por quem possui um coração quebrantado e contrito, por quem tem uma vida de fé e obediência, por quem o adora em espírito e em verdade sendo fiel e transparente.

O interessante é que as pessoas que tinham visto a magnificência do templo de Salomão, toda a sua beleza e luxo, lamentaram e até choraram a sua inferioridade estética, a sua simplicidade em relação ao primeiro.

Existem pessoas na igreja que só olham para o passado, não conseguem ver nada do que Deus está fazendo no presente, são os crentes saudosistas. Antigamente Deus agia no meio da Igreja, eu pregava, não faltava as vigílias, eu evangelizava... e hoje? O que você fez no passado foi importante, mas Deus está muito mais interessado naquilo que você está disposto a fazer pra Ele agora, no presente. Quem vive de passado é Museu e a História.

Todas as vezes que bater aquele saudosismo lembre-se que a promessa que está sobre nós é que o melhor de Deus ainda está por vir e que "a glória da segunda casa será maior que a da primeira."

Se o seu casamento está se acabando, creia que há uma segunda glória para se manifestar na sua vida conjugal.
Se sua vida espiritual está falida, Deus quer manifestar uma segunda glória. Se seus sonhos e projetos estão morrendo, sonhe, planeje, tente de novo e creia que Deus tem uma segunda glória.

A glória da segunda casa foi maior por causa da presença de Jesus. O próprio Messias, o Senhor da glória entrou no segundo Templo (Jo 2.13-25). O ministério de Jesus e dos apóstolos aconteceu nele.

Quando Jesus entra na nossa vida, no nosso Templo, Ele traz a glória da segunda casa.

CONCLUSÃO

A glória da segunda casa foi maior por causa da presença de Jesus. O próprio Messias, o Senhor da glória entrou no segundo Templo (Jo 2.13-25). O ministério de Jesus e dos Apóstolos aconteceu nele.

Quando Jesus entra na nossa vida, no nosso Templo, Ele traz a glória da segunda casa. Quando reconhecemos os nossos pecados, nos arrependemos e confessamos, a glória de Deus se manifesta em nossas vidas.


PR. CÉSAR BRAGA

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