Avivamento: quando os mortos tornam a viver

Avivamento: quando os mortos tornam a viver
Ez 37.1-10   >> BAIXE AQUI! <<

Quantos aqui já estiveram em um cemitério? O cemitério é um lugar onde a maioria das pessoas não gosta de estar porque é um lugar de morte, sem vida, sem alegria.
Este texto relata uma visão em que o Senhor levou o profeta Ezequiel a um cenário macabro: um vale repleto de ossos sequíssimos. Esta visão retratava o povo de Israel, que estava nas sepulturas do exílio, longe de sua terra, escravizado e sem esperança. Eles diziam: “Nós não passamos de um monte de ossos secos. Já não temos mais esperança, nossa nação acabou” (v. 11 – Bíblia Viva).
Existem muitas pessoas que estão como um vale de ossos secos. Embora fisicamente vivas, estão espiritualmente mortas por causa do pecado. O pecado traz a morte, que é estar separado de Deus (Rm 6.23; Ef 2.1). Quando há morte espiritual, o fervor torna-se religiosidade, perde-se o prazer pelas coisas espirituais, o ministério fica paralisado, o pecado torna-se atrativo.
Talvez seu ministério, casamento, família, saúde ou finanças estejam como um vale de ossos secos. É necessário avivamento.
Avivamento é quando o Senhor dá vida àquilo que estava morto. Avivar é tornar mais vivo, mais forte, mais intenso, mais ativo, é reanimar, despertar. O avivamento acontece quando recebemos a vida de Deus.

1. O Senhor quer e pode nos avivar.

 
(vv. 2,3) O Senhor fez com que Ezequiel andasse no meio do vale de ossos secos. O profeta viu que era muito grande o número de ossos e que eles estavam sequíssimos.
Depois, Deus fez uma pergunta ao profeta: “Filho do homem, acaso poderão reviver estes ossos?”. Essa pergunta instigou a fé de Ezequiel. O Senhor queria saber se o profeta cria que aquela situação de morte poderia ser revertida.
E o profeta deu uma resposta muito esperta: “Senhor Deus, tu o sabes”. Ele não deu uma declaração de incredulidade, mas também não expressou uma confiança firme na mudança daquele quadro.
Eu o convido hoje a olhar para sua própria situação. E faço hoje a mesma pergunta que o Senhor fez: Filho do homem, acaso poderão reviver estes ossos?
Mesmo que a sua fé esteja vacilante, eu quero dizer: É possível! Jesus falou: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” (Jo 11.25). E disse mais: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). O Senhor Jesus pode e deseja nos avivar.

2. O que é necessário para que venha o avivamento?

a) Liberar a palavra profética.

 
(vv. 4-7) O Senhor disse a Ezequiel para profetizar. Diante do vale de ossos secos, precisamos liberar uma palavra de vida. Ao invés de reclamar e se lamentar, profetize. Chame à existência a ressurreição da sua vida espiritual, do seu ministério, das suas finanças, da sua família.
A Bíblia diz que “A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto” (Pv 18.21). Por isso, use a sua boce para liberar a vida.
Estamos vivendo os últimos dias e o Senhor quer avivar a sua igreja, capacitando-a para pregar o Evangelho a todas as nações (Mt 24.14). Temos a promessa de um grande derramamento do Espírito Santo e de poder para que sejamos testemunhas de Cristo (At 1.8; 2.16-21).
O Senhor Jesus nos avivará para que possamos fazer obras maiores (Jo 14.12). Por isso, creia na promessa e libere a palavra profética.

b) Receber o Espírito Santo.

 
O Espírito Santo é o principal agente do avivamento. Ele é a pessoa mais maravilhosa deste mundo, o Consolador que o Senhor Jesus deixou para nos guiar a toda a verdade e nos capacitar com poder para cumprir o chamado de fazer discípulos. O Espírito Santo é quem dá vida: “É o Espírito quem dá vida; a carne em nada se aproveita; as palavras que Eu vos tenho dito são Espírito e são vida” (Jo 6.63 – KJV).
Depois que Ezequiel profetizou sobre o vale, os ossos secos se juntaram, tendões e carne cresceram e corpos humanos se formaram. Porém, não havia vida. E o Senhor havia falado: “Assim diz o SENHOR Deus a estes ossos: Eis que farei entrar o espírito em vós, e vivereis” (v. 5).
Por isso, Deus deu um comando a Ezequiel: “Então, ele me disse: Profetiza ao espírito [Espírito de vida], profetiza, ó filho do homem, e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes ossos, para que vivam” (v. 9).
O Espírito Santo ressuscitou o Senhor Jesus de entre os mortos (Rm 8.11) e hoje vai encher o seu coração, trazendo vida. A promessa de Deus é: “E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos jovens terão visões; até sobre os servos e sobre as servas derramarei o meu Espírito naqueles dias” (Jl 2.28,29).
Essa promessa se cumpriu parcialmente em Atos 2, quando quase 120 discípulos foram batizados com o Espírito, mas também se cumprirá em nós, pois todos necessitam do derramar do Espírito Santo. E o Pai deseja nos presentear com o Consolador: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 7.11).
O Espírito de Deus virá sobre você e avivará tudo o que está morto (relacionamento com Deus, sonhos, projetos, ministério, dons espirituais, casamento, família, finanças…).

3. O que acontece quando recebemos o avivamento?

a) Voltamos a fazer barulho.

 
O cemitério é um lugar silencioso porque mortos não fazem barulho. Quando Ezequiel começou a profetizar sobre o vale, ouviu-se um ruído, um barulho de ossos que batiam contra ossos e se juntavam (v. 7).
Quando o avivamento chega, a igreja do Senhor começa a fazer barulho. Mas não é qualquer som, não é um som sem sentido. O apóstolo Paulo disse: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine” (I Co 13.1). Sem amor, nossas obras e nossos dons espirituais são um som sem sentido, vazio.
Porém, quando vem o avivamento, o amor enche os nossos corações e ouve-se o som dos adoradores que entregam suas vidas ao Pai, o som dos que pregam o Evangelho com fogo no coração, o som de profetas que falam a Palavra de Deus custe o que custar, o som de intercessores que dobram seus joelhos e erguem um clamor a Deus.
Quando há avivamento, a igreja deixa de ser silenciosa e inofensiva e volta a fazer barulho, movida pelo amor.

b) A unidade do corpo de Cristo é restaurada.

 
(vv. 7,8) Diante da palavra profética, os ossos começaram a se juntar e cresceram tendões, carne e pele sobre eles.
Amados, a igreja é o corpo de Cristo (Ef 1.22,23) e o avivamento restaura a nossa unidade. Ao receber a glória do Senhor Jesus, tornamo-nos um só (Jo 17.22). O Espírito de Deus nos unirá no vínculo da paz e estaremos intimamente ligados, seguindo a verdade em amor, tornando-nos parecidos com Cristo, que é a cabeça, e efetuando o aumento do corpo de Cristo em amor (Ef 4.3,15,16).

c) Um exército poderoso se levanta.

 
(v. 10) Quando o espírito entrou naqueles corpos humanos, eles viveram e se puseram de pé, um exército numeroso.
Por meio do avivamento, um exército poderoso se levantará, soldados de Cristo que lutarão o bom combate da fé e destronarão principados, potestades, demônios e forças espirituais da maldade, arrancando as vidas das mãos do diabo e povoando os céus. O Senhor Jesus é o nosso general e nele somos mais do que vencedores. As portas do inferno não prevalecerão contra a igreja de Cristo (Mt 16.18; Rm 8.37).

Conclusão

O avivamento vai muito além de um tremor, um arrepio ou um mover espiritual. Avivamento é Deus trazendo vida àquilo que está morto e todos nós necessitamos ser avivados.
O Senhor não quer que sejamos como um vale de ossos secos, mortos espiritualmente, desesperançados e desanimados. Jesus é a ressurreição e a vida e ele quer nos avivar. Não há quadro de morte que se compare ao poder vivificador do Espírito Santo.
Por isso, libere a palavra profética sobre essa situação de morte e clame pelo Espírito Santo. Você sairá deste lugar cheio da vida de Deus.

Pr. Renan Braga e Braga