FESTA DOS TABERNÁCULOS: O JUBILEU



FESTA DOS TABERNÁCULOS: O JUBILEU

Texto: Lv 23.33-34,41-44    >> BAIXE AQUI! <<


Introdução



Dentre as três grandes festas ordenadas por Deus, a saber: Páscoa, Pentecostes e Tabernáculos; a Festa dos Tabernáculos é a de maior significado profético para nós cristãos. É comemorada no décimo-quinto dia do mês de Tishri, duas semanas após "Rosh Hashanah"
(Ano Novo Judaico) e, usualmente, cai final de setembro ou início de outubro.


1) SIGNIFICADO HISTÓRICO



A Festa dos Tabernáculos ou Festa da Colheita era originalmente uma festa agrícola, mas Deus lhe atribuiu um significado histórico: o Senhor queria que seu povo soubessem, ao longo das gerações, que Ele com mão forte os tirou do Egito e os sustentou durante o tempo de peregrinação no deserto (Lv 23.43).


A palavra “tabernáculo” origina-se da palavra latina “tabernaculum” que significa “uma cabana, uma tenda, um abrigo temporário”. No original hebraico a palavra equivalente é Sucá (singular), cujo plural é Sucot.


A Festa dos Tabernáculos durava uma semana e durante este período eles habitavam em tendas construídas com ramos de árvores frondosas, ramos de palmeiras e salgueiros de ribeiras. A fragilidade das tendas que o povo construía era uma lembrança da fragilidade do povo quando peregrinava os 40 anos no deserto a caminho da Terra Prometida.


Nesta festa também conhecida como Festa da Colheita, em decorrência da época em que ela era comemorada logo depois da colheita dos cereais e das uvas, havia muita celebração, muita alegria e gratidão pela provisão de Deus, por seu cuidado e sustento. Por isso mesmo o povo trazia os primeiros frutos da colheita da estação ao Templo, onde uma parte era apresentada
 como oferta ao Senhor e o restante era usado pelas famílias dos sacerdotes. Somente após essa obrigação ser cumprida era permitido usar a colheita da estação como alimento. Ninguém deveria chegar de mãos vazias na presença do Senhor (Ex 23.15).


Deus estabeleceu a celebração dessa festa como “estatuto perpétuo pelas vossas gerações” (Lv 23.41).


A Bíblia se refere a nós como “tabernáculo de Deus”, como "templo do Espírito Santo" (I Co 3.16; 6.19). Por isso quando nós, cristãos de hoje, celebramos a Festa dos Tabernáculos, estamos celebrando a própria presença de Deus em nossas vidas!


2) O SIGNIFICADO PROFÉTICO


A Festa dos Tabernáculos apontava para a primeira vinda de Jesus que se cumpriu conforme vemos em João 1.14 “E o Verbo se fez carne e habitou (no original “tabernaculou”, fez morada, habitou) entre nós (...)”; Deus habitou entre os homens. No Novo Testamento essa Festa aponta para a segunda vinda de Cristo, quando Ele virá com poder e glória e grande majestade e todo olho o verá, para estabelecer seu reino eterno. “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles” (Ap 21.3).


Zacarias 14.16 também nos fala desta Festa durante o reino milenar de Cristo nos dando a medida da importância dessa festa. "E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrarem a festa dos tabernáculos."


Quando celebramos esta Festa também dizemos: “Maranata, ora vem Senhor Jesus! Baruch Haba B`shem Adonai – Bendito O que vem em nome do Senhor!" Temos, portanto, um chamado à uma vida de santidade e arrependimento, porque o noivo já está às portas.


3) JUBILEU


A Festa dos Tabernáculos é organizada pela Embaixada Cristã Internacional de Jerusalém (ICEJ), e teve por tema esse ano: "Jerusalém Cidade de Deus", numa alusão aos 50 anos da unificação de Jerusalém, ocorrida em 1967, na Guerra dos Seis Dias, que foi um conflito armado onde Israel lutou contra uma frente de países árabes formada por: Egito, Jordânia e Síria, apoiados pelo Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão; tendo como financiador a extinta União Soviética. Nessa luta Israel reconquistou parte do seu território, ou seja, toda a península do Sinai, a Cisjordânia (que incluía toda a cidade de Jerusalém, a Faixa de Gaza) e as Colinas de Golã. Isso representou um território quatro vezes maior. 


Portanto, este ano Israel está comemorando o jubileu da retomada de Jerusalém, a cidade de Deus (Sl 48.1).


O que é o ano do jubileu?


“E santificareis o ano qüinquagésimo, e apregoareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família.” (Lv 25.10)


Deus decide estabelecer uma data que deveria ser guardada pelo povo, o Ano do Jubileu. A palavra Jubileu vem do hebraico “yovel”. Refere-se ao carneiro, cujo chifre foi usado para anunciar o ano festivo. Ou seja, no Ano do Jubileu, deveria ser tomado o Shofar (feito de chifre de carneiro) e tocado em todo o Israel, para anunciar o início desta festividade. Israel deveria guardar o Ano do Jubileu a cada 50 anos.


4) DECRETOS DO JUBILEU


No livro de Levíticos, capítulo 25, estão descritos os decretos do jubileu, também conhecida como ‘lei a favor dos pobres, escravos e prisioneiros’. Vamos conhecê-los e tomar posse de cada um deles pois cremos na sua validade também nos dias de hoje:


Perdão das dívidas: No dia 10 do sétimo mês, ao toque do shofar que anunciava o início do ano do jubileu, Deus ordenou que toda dívida fosse quitada, seja qual fosse o seu valor. Se você anda imerso em dívidas que se arrastam há anos, bagunçando toda a sua vida financeira e familiar, seja por um descontrole ou por algum imprevisto que desestruturou suas finanças, é tempo de arrependimento e de colocar tudo em ordem. 2017 será o ano da sua libertação e as dívidas serão quitadas pelo poder que há no sangue de Jesus. Tome posse da sua vitória e creia, em nome de Jesus!


Restituição das propriedades: Todos que tinham perdido suas propriedades ou estavam com as mesmas empenhoradas, naquele dia recebiam tudo de volta. O que você perdeu ao longo da sua vida? Quais foram seus prejuízos mais importantes? Coloque tudo diante do Senhor e Ele fará o impossível acontecer.


Liberdade para os escravos: Assim como todos os escravos eram libertos no ano do Jubileu, eu creio que se você ainda sofre por alguma coisa ou pecado que te prende, você será liberto pelo nome poderoso de Jesus! Coloque suas angústias diante do Eterno. Ele irá te libertar dessa escravidão.


Bênçãos triplicadas: Deus promete bênçãos triplicadas para quem comemorar o ano jubilar, isto quer dizer que já no início desse ano profético, eles receberiam o equivalente ao salário de três anos. Prepare-se para alargar as suas tendas e os seus celeiros!


Segurança: O Senhor promete que eles habitariam em segurança se tão somente obedecessem aos seus estatutos. Em tempos de tanta violência, medo e epidemias terríveis, habitar em segurança é ter a certeza de que nenhum mal chegará à nossa tenda. Tome posse dessa bênção!


Ano de resgate: Deus deu uma ordem ao seu povo: resgate a terra, resgate os escravos, resgate o pobre, parentes ou resgate a si mesmo. Este era o ano de resgatar tudo que se havia perdido. Então obedeça! Faça deste ano, um ano de jubileu e resgate tudo que foi perdido.


Portanto, o Ano do Jubileu aponta para Perdão, Restituição e Libertação.


Um ciclo se fechava e um novo ciclo se iniciava na vida das pessoas. As dividas e tudo o que havia sido um problema durante aquele período era esquecido e um novo momento iniciava na vida de cada israelita.


Conclusão

O Ano do Jubileu é o mesmo Ano da Graça do Senhor proclamado pelo Senhor Jesus na primeira pregação que Ele fez em Nazaré no inicio do seu ministério (Lc 4.18-21).


Se lermos atentamente a profecia a respeito de Jesus, no livro de Isaias 61.1-3, vê-se claramente que os benefícios concedidos pelo ano do Jubileu, o Senhor os confirmou e os ampliou ainda mais oferecendo “boas novas aos mansos, restauração aos contritos de coração, liberdade aos cativos, abertura das prisões aos presos e consolação a todos os tristes”. Jesus é o pregador do Jubileu. Somos pregadores do jubileu!


PR. CÉSAR BRAGA

Comentários