Atitudes das quais devemos nos despojar


Atitudes das quais devemos nos despojar
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Este versículo lista cinco coisas das quais devemos nos despojar: maldade, dolo, hipocrisias, inveja e toda sorte de maledicência. Essas atitudes contrariam a Palavra e desagradam a Deus e, se fomos gerados pela divina semente que é a Palavra, não podemos mais viver na prática do pecado (I Jo 3.9).
É interessante o termo usado pelo apóstolo Pedro: “Despojando-vos”. Despojar-se é abandonar, pôr de lado, largar, perder. Somente podemos perder aquilo que temos. Ninguém pode abandonar aquilo que nunca teve.
Ao falar em despojar, Pedro se refere a pecados que aqueles homens praticavam, mas precisavam abandonar. Antes de conhecer Jesus, praticávamos esses pecados, mas hoje devemos deixar tudo o que nos impede de ter um relacionamento profundo com Deus.
A partir de agora, vamos analisar as atitudes referidas neste versículo, das quais devemos nos despojar:

1. Maldade: A maldade e a malícia não podem fazer parte da nossa vida. Precisamos nos despojar de toda malignidade, pois o Senhor não se agrada disso. O nosso coração não pode estar repleto de intenções más e as nossas atitudes não devem trazer mal aos outros. Vale ressaltar que Deus destruiu a terra no dilúvio porque a maldade do homem havia se multiplicado a níveis inaceitáveis (Gn 6.5-7). E hoje, vemos que o mundo jaz no Maligno, mas não devemos nos contaminar (I Jo 5.19).
Isaías destaca o poder destrutivo da maldade: “Porque a maldade lavra como um fogo, ela devora os espinheiros e os abrolhos; acende as brenhas do bosque, e estas sobem em espessas nuvens de fumaça” (Is 9.18).
Diante disso, devemos seguir o conselho que está em I Co 5.8: “Por isso, celebremos a festa não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade e da malícia, e sim com os asmos da sinceridade e da verdade”. É necessário viver o amor e a bondade, que são fruto do Espírito (Gl 5.22,23).

2. Dolo:
Dolo é engano, é a vontade de ludibriar, de tirar vantagem lesando os outros. O engano é uma das atitudes características de Satanás, que se disfarça até mesmo de anjo de luz para enganar (II Co 11.3,14,15). Ele é enganador desde o princípio, quando ludibriou Eva e Adão no jardim do Éden.
A Palavra deixa claro que somente habitará no monte santo do Senhor aquele que não jura dolosamente (Sl 24.4). O próprio Senhor castigará aqueles que fraudulosamente se aproveitam de seus irmãos (I Ts 4.6).
Na verdade, é bem-aventurado o que não tem dolo no seu espírito (Sl 32.2). E a orientação de Deus para nós é esta: “Refreia a tua língua do mal e os lábios de falarem dolosamente” (Sl 34.13).

3. Hipocrisias:
Os hipócritas são pessoas dissimuladas e, sob uma aparência de bondade e religiosidade, escondem a iniquidade e a maldade. Conquanto os hipócritas tentem esconder sua essência e consigam enganar os homens, jamais poderão esconder-se de Deus, que conhece todas as nossas ações e os desígnios do coração do homem (Pv 15.3; Jr 17.9,10).
Vale destacar que a hipocrisia dos fariseus e escribas foi duramente combatida por Jesus, o qual os comparou a sepulcros caiados, belos por fora e, interiormente, cheios de ossos de mortos e de toda imundícia (Mt 23.13-36). Isso demonstra o quanto a falsidade é repulsiva para o Senhor.
A hipocrisia é vencida quando há sinceridade e verdade. O Senhor se alegra com os que o servem com sinceridade de coração:
“O SENHOR está perto de todos os que o invocam, de todos os que o invocam com sinceridade” (Sl 145.18).

4. Invejas: A inveja é uma obra da carne e é proibida expressamente pelo décimo mandamento do Decálogo: “Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo” (Êx 20.17).
O invejoso deixa de viver plenamente porque permanece obcecado em ter a vida de outra pessoa. Por isso, a inveja é causa de infelicidade constante. Todo invejoso é infeliz e incompleto, sempre lhe falta algo que outra pessoa possui: família, bem, emprego, ministério...
Embora desejem muito, os invejosos nada têm porque tentam conquistar pelos meios errados. Eles matam, lutam e travam guerras contra outras pessoas, ao invés de orar em consonância com a vontade de Deus. Tiago disse: “Cobiçais e nada tendes; matais e invejais, e nada podeis obter; viveis a lutar e a fazer guerras. Nada tendes, porque não pedis; pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tg 4.2,3).
A inveja prejudica até mesmo a saúde, pois a Palavra fala que a inveja é a podridão dos ossos (Pv 14.30). A Bíblia King James afirma que a inveja corrói como o câncer. Isso demonstra o poder destrutivo da cobiça.
Como vencer a inveja? A inveja é superada quando há gratidão e confiança em Deus. Precisamos ter um coração agradecido por tudo aquilo que já recebemos do Senhor, ao invés de ficar obcecados por obter algo que não nos pertence. Além disso, é necessário crer que Deus tem o melhor para nós e, se formos fiéis, certamente ele nos abençoará. Por isso, é desnecessário cobiçar o que é dos outros.

5. Maledicências: Maledicência é ação ou hábito de falar mal dos outros, difamar, maldizer. Maldizer é o oposto de elogiar, de bendizer e a Palavra deixa claro que a maledicência é pecado. O maldizente fala mal da lei de Deus e não a cumpre. Tg 4.11 diz: “Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei, não és observador da lei, mas juiz”.
A Palavra do Senhor diz que devemos nos despojar de “toda sorte de maledicência”, não importa como a chamemos: comentários negativos, fofocas, disse-me-disse, críticas destrutivas, calúnia, difamação, injúria, tudo isso é pecado e deve ser abandonado. Como está escrito em Cl 3.8: “Agora, porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar”.
Luciano Subirá  destaca que a maledicência é uma questão de caráter e, segundo I Tm 3.11, não ser maldizente era um traço de caráter indispensável para que alguém fosse estabelecido em uma posição de liderança na igreja. Um exemplo é José, que não falou mal de Maria quando esta apareceu grávida. Este episódio explica porque José foi chamado de “justo” (Mt 1.19).
Os principais atores por trás da maledicência são Satanás e seus demônios. Esta verdade pode ser extraída de I Tm 5.13-15: “Além do mais, aprendem também a viver ociosas, andando de casa em casa; e não somente ociosas, mas ainda tagarelas e intrigantes, falando o que não devem. Quero, portanto, que as viúvas mais novas se casem, criem filhos, sejam boas donas de casa e não deem ao adversário ocasião favorável de maledicência. Pois, com efeito, já algumas se desviaram, seguindo a Satanás”.
A maledicência é incentivada pelo inimigo com o objetivo de trazer destruição completa e levar as pessoas ao inferno (Tg 3.6). A maledicência destrói relacionamentos, semeia contendas, traz divisões, ocasiona injustiças, esfria a fé e, finalmente, leva à condenação eterna. Não devemos nos enganar: um maldizente não herdará o Reino de Deus. Se quisermos ser varões perfeitos como o nosso Pai celestial, não podemos tropeçar no falar (Tg 3.2).
A tradução da Bíblia Viva diz “parem de falar dos outros por trás”. Essa expressão é esclarecedora e revela que a maledicência também é uma hipocrisia. Normalmente, o maledicente não tem coragem de falar suas maldades pela frente porque sabe que, se falasse suas inverdades pela frente, seria envergonhado.

Conclusão

 
Há algum tempo, estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Porém, fomos regenerados em Cristo, gerados pela semente divina. Como filhos de Deus, não podemos viver na prática do pecado. É necessário, portanto, despojar-se de tudo o que nos impede de agradar a Deus e, dentre essas atitudes, é necessário abandonar a maldade, o dolo, a hipocrisia, a inveja e a maledicência.
Examine a si mesmo e arrependa-se dos seus pecados, confessando-os com humildade e sinceridade de coração. O sangue de Jesus o purificará de toda injustiça.

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