O DRAMA DE ABSALÃO: ÓRFÃO DE PAI VIVO
Texto: Sl 127:3-4 >> BAIXE AQUI! <<
“Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão, como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade.”
Introdução
Desde o princípio Deus se preocupou em estabelecer família. Corou-a com uma herança (legado) chamada: filhos. Os nossos filhos não são apenas frutos de um ato sexual, eles são muito mais do que isso, são herança, dádiva do Senhor.
Com o passar do tempo, a vida agitada, os inúmeros compromissos, o egoísmo vai tomando conta de alguns pais e a maneira de ver os filhos passa a ser diferente, começam a enxergá-los como um empecilho e muitos querem fugir da sua responsabilidade como pai de cuidar e educar os seus filhos, transferindo esse encargo para a Igreja, para o líder de célula, para a escola, para os avós, ou tentam se livrar das crianças por achar que elas estão atrapalhando.
É neste momento que começam a surgir na família os problemas como: as separações(divórcios), a falta de cuidado, o sentimento de rejeição, de desprezo e a violência que são fatores que influenciam diretamente na fuga dos menores de casa, enchendo as praças e as ruas dos conhecidos "menores abandonados". Crianças que passam a viver nas ruas, sem controle, sem disciplina, sem orientação, sem colo, sem ombro amigo, sem alimentação, enfim, sem vislumbrarem uma saída, um futuro de esperança.
A estes menores é imposta a lei da sobrevivência com as propostas malignas dos vícios, roubo, marginalidade, violência homicídios e as más companhias. Essa também é a realidade da pessoa sem Deus, são como estas crianças abandonadas na rua, sem direção, sem um ombro amigo e sem perspectiva de futuro.
O projeto de Deus nunca foi nos abandonar a própria sorte, pelo contrário, Ele se empenhou até a morte para nos dar vida, a Sua vida.
O exemplo de Davi
Gerar filhos legítimos não é uma tarefa fácil. Vejamos o exemplo de Davi. Ele era um homem de Deus, um adorador, um homem como nós que negociava, que tomava decisões, muito ocupado, afinal, tinha um reino para administrar. Além disso tudo, Davi tinha uma família e era um pai muito bem intencionado.
Davi gerou filhos e, como todo bom pai, sonhou com o melhor para eles. Embora sonhasse com o bem para os seus filhos, ele não foi capaz de transformar suas boas intenções em realidade. E por quê não conseguiu? Talvez porque estivesse ocupado demais a semelhança de muitos pais hoje.
Do ponto de vista humano, muitas coisas poderiam justificá-lo: Tanta gente para atender, muitas solicitações, vários requerimentos que dependiam da sua aprovação e, uma grande quantidade de filhos. Afinal, como fazer para dar atenção a todos? Como separar tempo para tantos filhos?
Talvez Davi procurasse se convencer de que ninguém consegue ser pai, a contento, de muitos filhos. Quem sabe o fracasso se deu porque ele estivesse ausente demais, ou porque só se viam em ocasiões ou eventos importantes, ou ainda, porque não houvesse convívio nem intimidade entre eles, ou porque tudo que havia entre eles fosse um relacionamento formal, aquela reverência, aquele respeito e nada além disso; não havia intimidade. Os filhos de Davi eram órfãos de pai vivo.
Absalão
Davi tinha um filho chamado Absalão, ele tinha dinheiro, castelo, casas, prestígio. Era um jovem muito bonito, o mais bonito daquela geração, fascinante, charmoso. Tinha um cabelo invejável (II Sm 14:25-26). Ele tinha tudo! Mas o que ele mais queria de verdade, era um pai. Não era um rei que Absalão queria, mas um pai. Não era de um homem poderoso que ele precisava, mas de um pai. Não era de um general invencível que Absalão carecia, mas de um pai. Não era de um rei que resolvia os problemas de todo mundo que ele necessitava, mas de um pai que fosse capaz de ouvir o coração de um filho. Talvez você nunca tenha parado para pensar no drama de Absalão, órfão de pai vivo.
As principais áreas de fraquezas de Davi são claramente percebidas na sua relação com seus filhos. Embora ele fosse um homem de oração, um exímio adorador, um excelente rei e um pai cheio de boas intenções, ele era fraco na condução de sua casa. Davi era um pai omisso e a omissão foi à porta de entrada da desgraça na vida deste grande homem e de sua família.
A omissão gera tragédia na família
A tragédia começou no dia em que seu filho mais velho, Amnom, apaixonou-se por uma de suas irmãs por parte de pai (II Sm 13:3-14), irmã de Absalão, filho de Davi com Maaca, uma estrangeira procedente de Gesur (II Sm 3:3). A Bíblia diz que aquela moça, Tamar, era muito bonita, graciosa, formosa e encantadora (II Sm 13:1) e que Amnom, um dia, pôs os olhos sobre ela e a viu, não como sua irmã, mas como uma mulher (II Sm 13:2-3). Ele a cobiçou e a desejou tão ardentemente que arquitetou um plano a fim de possuí-la. A conselho de um amigo, fingiu-se de doente e pediu a Davi, seu pai, que Tamar lhe fosse preparar uma comida. Por estar enfermo, o pai permitiu (V:7).
Tamar foi à casa do irmão. Amnom pula do seu leito, avança contra ela e pratica um estupro contra a própria irmã, lhe expondo a humilhação (V:11-14). Depois de cometer o estupro, sente nojo de sua irmã. Diz a Bíblia que o ódio que ele sentia por Tamar, após possuí-la, foi mais forte que o desejo de um dia tê-la (V:15).
A corte ficou sabendo do escândalo. O país ficou sabendo do escândalo. O rei ficou sabendo do escândalo, mas não fez nada. Pais, me ouçam por favor, se vocês forem omissos na criação e educação dos seus filhos, a tragédia vai se instalar dentro da sua família. Se vocês forem fracos na condução da sua casa ao invés de serem firmes, a maldição (que é a autorização dada para o inimigo agir) vai visitar à sua descendência.
Absalão, irmão de Tamar, esperou que o pai fizesse alguma coisa, uma vez que está escrito em Levítico 18:9,29 que tal ato teria como penalidade a morte de quem o praticou, mas Davi nada fez. Ou seja, o pai foi complacente com o pecado do filho. Nunca seja cúmplice dos pecados dos seus filhos e de ninguém. A Bíblia diz: “Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo (quem ama, cedo corrige).” (Pv 13:24) Não deixe a correção para mais tarde, trate hoje.
Absalão chamou Tamar para morar com ele. (V-20) A irmã foi e morou com ele por 2 anos, durante os quais ele esperou, dia após dia, que o pai chamasse a filha para uma conversa, para dar-lhe um beijo, um abraço, um aconchego; e que chamasse Amnom para um confronto. Porém, nada disso foi feito. Um pai que não se compadeceu com o sofrimento da filha e que foi omisso com o pecado do filho. Quantos pais agem da mesma forma que Davi sendo insensíveis e omissos.
Havia ainda um agravante: Amnom era o filho primogênito do rei, por conseguinte, o futuro herdeiro do trono, fato este que se constituía num complicador de toda aquela situação.
Depois de 2 anos, Absalão não agüentou mais esperar. O diabo encheu-lhe o coração de ódio. Ele começou a planejar a morte do irmão. (V:23-27) Por ocasião da festa da tosquia, Absalão procura seu pai e lhe diz: “Eu queria que tu permitisses que meu irmão Amnom fosse comigo”.
Davi sabendo que havia algo de muito maligno naquilo tudo, respondeu-lhe: “Mas por que meu filho? Por que apenas Amnom? Por que tu não levas a todos os teus irmãos juntos para essa festa?"
Absalão atende o pedido do pai e leva todos os irmãos. Chegando lá, Absalão dá ordens a seus servos para que matem Ammon, quando este estivesse bêbado, a fim de não oferecer resistência alguma. Assim é feito.
Note que Amnom estava tão seguro de que nada lhe iria acontecer, que nem ao menos desconfiou do irmão. Para ele, se o rei, seu pai, não havia feito nada, com relação ao incidente entre ele e sua irmã Tamar, ninguém mais poderia fazê-lo.
Ao tomar conhecimento do assassinato do filho o rei Davi se enfurece, fica cheio de ódio. Absalão foge, indo morar na casa de Talmai, seu avô (II Sm 13:37) pai de sua mãe, em um reino vizinho, e lá fica durante 3 anos (V:38) durante os quais nada é feito. Davi não chama o filho, não encara o filho, não confronta o filho, não trata do problema. A omissão do pai foi responsável por um assassinato na família.
Absalão manda um recado através de Joabe, um alto assessor do pai, dizendo: “Assim não dá”. Somente após o grito de desespero do filho é que Davi manda chamá-lo para que volte a Jerusalém. Ele vai morar a 2 km da casa do pai passando a ser seu vizinho, mas outra vez, 2 anos se passam e Davi não manda chamar o filho (II Sm 14:21-24). Absalão não aguentando mais, chama Joabe e lhe diz: “Diga ao rei que me mate, mas que me veja." (V-32)
Davi, ao saber disso, ordena: “Chamem o garoto”. Todos esperam que o pai sacuda o filho e lhe diga: "O que foi que você fez? Você é meu filho, é minha carne!” Entretanto, nada disso acontece. Absalão entra e Davi simplesmente manda que ele se aproxime e lhe beija o rosto e não diz nada (II Sm 14:33).
Um estupro, um homicídio, ódio, amargura, crise e Davi pensa que pode resolver isso tudo com um beijinho. A omissão do pai gerou uma tragédia na sua família.
Após falar com o rei, Absalão sai do palácio, vai para as ruas e inicia uma subversão/revolta. (II Sm 15:1-6) Ele começa a dizer: “Não há justiça na terra! Não há rei reinando! Não há critérios pelos quais esse povo venha a ser julgado! O que está prevalecendo é apenas a emocionalidade do rei. Se eu fosse rei, haveria justiça na terra”.
Absalão prepara uma revolta armada. Ele é declarado rei sobre Hebrom (II Sm 15:10-13). Aproxima-se de Jerusalém para cerca-la e tomá-la. Davi é aconselhado a fugir com seus súditos, indo para o deserto, deixando alguns de seus homens de confiança, a fim de se infiltrarem na corte de Absalão e lhe darem algum conselho desastroso, de modo que numa possível batalha, seus exércitos pudessem ser destruídos. O que acontece.
Absalão, então, bate em retirada, fugindo por entre os bosques. A ordem de Davi, o rei, era a seguinte: "Fazei qualquer coisa, mas não tocai no moço Absalão. Poupai o jovem Absalão”.
Quando da fuga de Absalão por entre os bosques, seus cabelos longos ficam presos nos arbustos, ele se desprende do seu cavalo, ficando pendurado pela cabeça. Joabe, descobrindo-lhe o paradeiro, aproxima-se de Absalão e o executa. (II Sm 18:9-14)
A insurreição é vencida, a vitória é comemorada e Davi está novamente no poder. As notícias da guerra chegam ao rei. E este pergunta: “Como passa o jovem Absalão? Alguém lhe responde: “Ele foi ferido... e... está morto!”
A Bíblia nos diz que Davi rasga as suas roupas, cai por terra lamentando e gemendo: “Ah, meu filho Absalão! Meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera ter morrido em seu lugar! Ah, Absalão, meu filho, meu filho!” (II Sm 18:33)
O tempo de dizer “meu filho” havia acabado. Absalão estava morto e a tragédia estava consumada. Um estupro e dois assassinatos. Não seja omisso e nem tardio em tratar os problemas da sua casa como foi Davi. Tenha atitude e seja vigilante com a sua família. Pode-se perceber, neste episódio, o desespero de Davi. Ele jamais desejaria que as coisas tivessem tomado aquele rumo; seus sonhos com respeito a sua família desmoronaram, sem mais nenhuma esperança de reconstrução.
Às vezes, perdemos muito tempo para entender que precisamos dizer: "Meu filho, minha filha, eu estou aqui, volte para casa. Estou de braços abertos, esperando-o. Quero ser seu amigo, quero ajudá-lo, quero perdoá-lo ou quero te pedir perdão”.
Quantas vezes agimos como Davi: só exteriorizamos estes sentimentos e palavras quando já é tarde demais.
Este Davi descrito aqui, no que concerne ao cuidado e tratamento com a sua família, não é alguém a quem devemos imitar. Conquanto tenha um coração segundo o coração de Deus, não conseguiu transformar essa intimidade com Deus num projeto de vida sadio que abençoasse toda a sua casa.
Conclusão
Podemos destacar neste estudo a posição de Davi como pai e a postura de Absalão que tentou chamar a atenção de seu pai de várias formas e todas elas erradas, gerando a sua própria ruína, a sua própria morte.
Toda sua carência, a ausência de seus pais na sua vida não serão desculpas para que você tenha uma vida como a de Absalão. Deus esta trazendo um novo tempo na sua vida, você não esta nesta Igreja por acaso, você foi chamado para fazer parte da geração de Samuel, uma "Geração Santa" que vai revolucionar o nosso tempo, por isso toda sua carência, toda sua tristeza pela solidão, todo desprezo que seus pais possam ter te dado acaba aqui, porque o teu Pai Celestial se posiciona para te abençoar. Se ponha de pé e comece a orar, conte para o Senhor toda sua tristeza, toda frustração e sentimento de solidão, porque hoje é o último dia que você vai chorar por isso.
PR. CÉSAR BRAGA
Texto: Sl 127:3-4 >> BAIXE AQUI! <<
“Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão, como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade.”
Introdução
Desde o princípio Deus se preocupou em estabelecer família. Corou-a com uma herança (legado) chamada: filhos. Os nossos filhos não são apenas frutos de um ato sexual, eles são muito mais do que isso, são herança, dádiva do Senhor.
Com o passar do tempo, a vida agitada, os inúmeros compromissos, o egoísmo vai tomando conta de alguns pais e a maneira de ver os filhos passa a ser diferente, começam a enxergá-los como um empecilho e muitos querem fugir da sua responsabilidade como pai de cuidar e educar os seus filhos, transferindo esse encargo para a Igreja, para o líder de célula, para a escola, para os avós, ou tentam se livrar das crianças por achar que elas estão atrapalhando.
É neste momento que começam a surgir na família os problemas como: as separações(divórcios), a falta de cuidado, o sentimento de rejeição, de desprezo e a violência que são fatores que influenciam diretamente na fuga dos menores de casa, enchendo as praças e as ruas dos conhecidos "menores abandonados". Crianças que passam a viver nas ruas, sem controle, sem disciplina, sem orientação, sem colo, sem ombro amigo, sem alimentação, enfim, sem vislumbrarem uma saída, um futuro de esperança.
A estes menores é imposta a lei da sobrevivência com as propostas malignas dos vícios, roubo, marginalidade, violência homicídios e as más companhias. Essa também é a realidade da pessoa sem Deus, são como estas crianças abandonadas na rua, sem direção, sem um ombro amigo e sem perspectiva de futuro.
O projeto de Deus nunca foi nos abandonar a própria sorte, pelo contrário, Ele se empenhou até a morte para nos dar vida, a Sua vida.
O exemplo de Davi
Gerar filhos legítimos não é uma tarefa fácil. Vejamos o exemplo de Davi. Ele era um homem de Deus, um adorador, um homem como nós que negociava, que tomava decisões, muito ocupado, afinal, tinha um reino para administrar. Além disso tudo, Davi tinha uma família e era um pai muito bem intencionado.
Davi gerou filhos e, como todo bom pai, sonhou com o melhor para eles. Embora sonhasse com o bem para os seus filhos, ele não foi capaz de transformar suas boas intenções em realidade. E por quê não conseguiu? Talvez porque estivesse ocupado demais a semelhança de muitos pais hoje.
Do ponto de vista humano, muitas coisas poderiam justificá-lo: Tanta gente para atender, muitas solicitações, vários requerimentos que dependiam da sua aprovação e, uma grande quantidade de filhos. Afinal, como fazer para dar atenção a todos? Como separar tempo para tantos filhos?
Talvez Davi procurasse se convencer de que ninguém consegue ser pai, a contento, de muitos filhos. Quem sabe o fracasso se deu porque ele estivesse ausente demais, ou porque só se viam em ocasiões ou eventos importantes, ou ainda, porque não houvesse convívio nem intimidade entre eles, ou porque tudo que havia entre eles fosse um relacionamento formal, aquela reverência, aquele respeito e nada além disso; não havia intimidade. Os filhos de Davi eram órfãos de pai vivo.
Absalão
Davi tinha um filho chamado Absalão, ele tinha dinheiro, castelo, casas, prestígio. Era um jovem muito bonito, o mais bonito daquela geração, fascinante, charmoso. Tinha um cabelo invejável (II Sm 14:25-26). Ele tinha tudo! Mas o que ele mais queria de verdade, era um pai. Não era um rei que Absalão queria, mas um pai. Não era de um homem poderoso que ele precisava, mas de um pai. Não era de um general invencível que Absalão carecia, mas de um pai. Não era de um rei que resolvia os problemas de todo mundo que ele necessitava, mas de um pai que fosse capaz de ouvir o coração de um filho. Talvez você nunca tenha parado para pensar no drama de Absalão, órfão de pai vivo.
As principais áreas de fraquezas de Davi são claramente percebidas na sua relação com seus filhos. Embora ele fosse um homem de oração, um exímio adorador, um excelente rei e um pai cheio de boas intenções, ele era fraco na condução de sua casa. Davi era um pai omisso e a omissão foi à porta de entrada da desgraça na vida deste grande homem e de sua família.
A omissão gera tragédia na família
A tragédia começou no dia em que seu filho mais velho, Amnom, apaixonou-se por uma de suas irmãs por parte de pai (II Sm 13:3-14), irmã de Absalão, filho de Davi com Maaca, uma estrangeira procedente de Gesur (II Sm 3:3). A Bíblia diz que aquela moça, Tamar, era muito bonita, graciosa, formosa e encantadora (II Sm 13:1) e que Amnom, um dia, pôs os olhos sobre ela e a viu, não como sua irmã, mas como uma mulher (II Sm 13:2-3). Ele a cobiçou e a desejou tão ardentemente que arquitetou um plano a fim de possuí-la. A conselho de um amigo, fingiu-se de doente e pediu a Davi, seu pai, que Tamar lhe fosse preparar uma comida. Por estar enfermo, o pai permitiu (V:7).
Tamar foi à casa do irmão. Amnom pula do seu leito, avança contra ela e pratica um estupro contra a própria irmã, lhe expondo a humilhação (V:11-14). Depois de cometer o estupro, sente nojo de sua irmã. Diz a Bíblia que o ódio que ele sentia por Tamar, após possuí-la, foi mais forte que o desejo de um dia tê-la (V:15).
A corte ficou sabendo do escândalo. O país ficou sabendo do escândalo. O rei ficou sabendo do escândalo, mas não fez nada. Pais, me ouçam por favor, se vocês forem omissos na criação e educação dos seus filhos, a tragédia vai se instalar dentro da sua família. Se vocês forem fracos na condução da sua casa ao invés de serem firmes, a maldição (que é a autorização dada para o inimigo agir) vai visitar à sua descendência.
Absalão, irmão de Tamar, esperou que o pai fizesse alguma coisa, uma vez que está escrito em Levítico 18:9,29 que tal ato teria como penalidade a morte de quem o praticou, mas Davi nada fez. Ou seja, o pai foi complacente com o pecado do filho. Nunca seja cúmplice dos pecados dos seus filhos e de ninguém. A Bíblia diz: “Quem se nega a castigar seu filho não o ama; quem o ama não hesita em discipliná-lo (quem ama, cedo corrige).” (Pv 13:24) Não deixe a correção para mais tarde, trate hoje.
Absalão chamou Tamar para morar com ele. (V-20) A irmã foi e morou com ele por 2 anos, durante os quais ele esperou, dia após dia, que o pai chamasse a filha para uma conversa, para dar-lhe um beijo, um abraço, um aconchego; e que chamasse Amnom para um confronto. Porém, nada disso foi feito. Um pai que não se compadeceu com o sofrimento da filha e que foi omisso com o pecado do filho. Quantos pais agem da mesma forma que Davi sendo insensíveis e omissos.
Havia ainda um agravante: Amnom era o filho primogênito do rei, por conseguinte, o futuro herdeiro do trono, fato este que se constituía num complicador de toda aquela situação.
Depois de 2 anos, Absalão não agüentou mais esperar. O diabo encheu-lhe o coração de ódio. Ele começou a planejar a morte do irmão. (V:23-27) Por ocasião da festa da tosquia, Absalão procura seu pai e lhe diz: “Eu queria que tu permitisses que meu irmão Amnom fosse comigo”.
Davi sabendo que havia algo de muito maligno naquilo tudo, respondeu-lhe: “Mas por que meu filho? Por que apenas Amnom? Por que tu não levas a todos os teus irmãos juntos para essa festa?"
Absalão atende o pedido do pai e leva todos os irmãos. Chegando lá, Absalão dá ordens a seus servos para que matem Ammon, quando este estivesse bêbado, a fim de não oferecer resistência alguma. Assim é feito.
Note que Amnom estava tão seguro de que nada lhe iria acontecer, que nem ao menos desconfiou do irmão. Para ele, se o rei, seu pai, não havia feito nada, com relação ao incidente entre ele e sua irmã Tamar, ninguém mais poderia fazê-lo.
Ao tomar conhecimento do assassinato do filho o rei Davi se enfurece, fica cheio de ódio. Absalão foge, indo morar na casa de Talmai, seu avô (II Sm 13:37) pai de sua mãe, em um reino vizinho, e lá fica durante 3 anos (V:38) durante os quais nada é feito. Davi não chama o filho, não encara o filho, não confronta o filho, não trata do problema. A omissão do pai foi responsável por um assassinato na família.
Absalão manda um recado através de Joabe, um alto assessor do pai, dizendo: “Assim não dá”. Somente após o grito de desespero do filho é que Davi manda chamá-lo para que volte a Jerusalém. Ele vai morar a 2 km da casa do pai passando a ser seu vizinho, mas outra vez, 2 anos se passam e Davi não manda chamar o filho (II Sm 14:21-24). Absalão não aguentando mais, chama Joabe e lhe diz: “Diga ao rei que me mate, mas que me veja." (V-32)
Davi, ao saber disso, ordena: “Chamem o garoto”. Todos esperam que o pai sacuda o filho e lhe diga: "O que foi que você fez? Você é meu filho, é minha carne!” Entretanto, nada disso acontece. Absalão entra e Davi simplesmente manda que ele se aproxime e lhe beija o rosto e não diz nada (II Sm 14:33).
Um estupro, um homicídio, ódio, amargura, crise e Davi pensa que pode resolver isso tudo com um beijinho. A omissão do pai gerou uma tragédia na sua família.
Após falar com o rei, Absalão sai do palácio, vai para as ruas e inicia uma subversão/revolta. (II Sm 15:1-6) Ele começa a dizer: “Não há justiça na terra! Não há rei reinando! Não há critérios pelos quais esse povo venha a ser julgado! O que está prevalecendo é apenas a emocionalidade do rei. Se eu fosse rei, haveria justiça na terra”.
Absalão prepara uma revolta armada. Ele é declarado rei sobre Hebrom (II Sm 15:10-13). Aproxima-se de Jerusalém para cerca-la e tomá-la. Davi é aconselhado a fugir com seus súditos, indo para o deserto, deixando alguns de seus homens de confiança, a fim de se infiltrarem na corte de Absalão e lhe darem algum conselho desastroso, de modo que numa possível batalha, seus exércitos pudessem ser destruídos. O que acontece.
Absalão, então, bate em retirada, fugindo por entre os bosques. A ordem de Davi, o rei, era a seguinte: "Fazei qualquer coisa, mas não tocai no moço Absalão. Poupai o jovem Absalão”.
Quando da fuga de Absalão por entre os bosques, seus cabelos longos ficam presos nos arbustos, ele se desprende do seu cavalo, ficando pendurado pela cabeça. Joabe, descobrindo-lhe o paradeiro, aproxima-se de Absalão e o executa. (II Sm 18:9-14)
A insurreição é vencida, a vitória é comemorada e Davi está novamente no poder. As notícias da guerra chegam ao rei. E este pergunta: “Como passa o jovem Absalão? Alguém lhe responde: “Ele foi ferido... e... está morto!”
A Bíblia nos diz que Davi rasga as suas roupas, cai por terra lamentando e gemendo: “Ah, meu filho Absalão! Meu filho, meu filho Absalão! Quem me dera ter morrido em seu lugar! Ah, Absalão, meu filho, meu filho!” (II Sm 18:33)
O tempo de dizer “meu filho” havia acabado. Absalão estava morto e a tragédia estava consumada. Um estupro e dois assassinatos. Não seja omisso e nem tardio em tratar os problemas da sua casa como foi Davi. Tenha atitude e seja vigilante com a sua família. Pode-se perceber, neste episódio, o desespero de Davi. Ele jamais desejaria que as coisas tivessem tomado aquele rumo; seus sonhos com respeito a sua família desmoronaram, sem mais nenhuma esperança de reconstrução.
Às vezes, perdemos muito tempo para entender que precisamos dizer: "Meu filho, minha filha, eu estou aqui, volte para casa. Estou de braços abertos, esperando-o. Quero ser seu amigo, quero ajudá-lo, quero perdoá-lo ou quero te pedir perdão”.
Quantas vezes agimos como Davi: só exteriorizamos estes sentimentos e palavras quando já é tarde demais.
Este Davi descrito aqui, no que concerne ao cuidado e tratamento com a sua família, não é alguém a quem devemos imitar. Conquanto tenha um coração segundo o coração de Deus, não conseguiu transformar essa intimidade com Deus num projeto de vida sadio que abençoasse toda a sua casa.
Conclusão
Podemos destacar neste estudo a posição de Davi como pai e a postura de Absalão que tentou chamar a atenção de seu pai de várias formas e todas elas erradas, gerando a sua própria ruína, a sua própria morte.
Toda sua carência, a ausência de seus pais na sua vida não serão desculpas para que você tenha uma vida como a de Absalão. Deus esta trazendo um novo tempo na sua vida, você não esta nesta Igreja por acaso, você foi chamado para fazer parte da geração de Samuel, uma "Geração Santa" que vai revolucionar o nosso tempo, por isso toda sua carência, toda sua tristeza pela solidão, todo desprezo que seus pais possam ter te dado acaba aqui, porque o teu Pai Celestial se posiciona para te abençoar. Se ponha de pé e comece a orar, conte para o Senhor toda sua tristeza, toda frustração e sentimento de solidão, porque hoje é o último dia que você vai chorar por isso.
PR. CÉSAR BRAGA
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