ONDE ESTÁ O TEU IRMÃO?
Texto: Gn 4:9 >> Baixe Aqui! <<
“Perguntou, pois, o Senhor a Caim: Onde está Abel, teu irmão? Respondeu ele: Não sei; sou eu o guarda (o responsável) do meu irmão?”
Há centenas de anos, o Senhor Deus perguntou a Caim: “Onde está Abel, teu irmão?”.
Mais tarde, as mesmas palavras podiam ser repetidas aos filhos de Jacó. O Senhor podia ter perguntado a Simeão, Rubem e Judá: “Onde está o vosso irmão José?”
Ao longo da Bíblia, o Senhor podia ter perguntado a muita gente pelos seus irmãos. Por exemplo, Ele podia ter feito essa pergunta aos sete filhos de Jessé: “Onde está o vosso irmão Davi?" Certamente, a resposta seria sempre a mesma: “Não sei. Sou eu o guarda do meu irmão?”
Hoje, o Senhor ainda continua fazendo essa mesma pergunta a cada um de nós: “Onde está o teu irmão?” Só que nós também respondemos: “Não sei. Sou eu o guarda do meu irmão?”.
O texto que lemos retrata o encontro de Deus com Caim, logo após o assassinato de Abel. Nele destaca-se a expressão “meu irmão”, que nos ouvidos de alguns soa como uma cobrança de algo que deixamos de fazer.
Será que você têm falhado no cuidado com algum irmão? Têm se preocupado ou tem se esquecido dele? Com alguns somos mais chegados e nos importamos, já com outros somos indiferentes. Mas, nessa vertente, o “meu irmão” diz respeito àqueles que frequentam a mesma célula que eu frequento ou a mesma Igreja; ou seja, são os que estão mais perto.
Onde está o novo convertido de Domingo passado? Onde estão aqueles a quem um dia falamos de Cristo e eles até vieram à Igreja ou à célula e entregaram suas vidas a Jesus?
Às vezes, insistimos tanto para que a pessoa se converta e nos damos por satisfeitos pelo seu “sim” como resposta. Depois, o largamos a própria sorte sem acompanhá-lo, sem integrá-lo à igreja. Simplesmente nos esquecemos dele ou transferimos a responsabilidade de cuidar para o Pastor ou para o Líder da Célula. Cruzamos os braços e ficamos livres do problema.
Ganhar é só o primeiro passo, depois vem o cuidar, a consolidação, que efetivamente o firmará na fé.
Quando Deus perguntou a Caim: "Onde está o teu irmão", o espírito de Caim respondeu: "Não tenho responsabilidade de saber onde ele está. Cada um que se vire." Diferentemente de Caim, o espírito de José diz: “Procuro meus irmãos." (Gn 37:16) Você possui o espírito de Caim ou o espírito de José?
Devemos fazer com os outros como gostaríamos que fizessem conosco. Se você gosta de ser cuidado, cuide dos outros. Essa é a regra áurea. (Mt 7:12)
Irmãos que estavam conosco e que já não estão mais, que abandonaram a fé, que esfriaram, que foram tragados pelo pecado e voltaram para a vida pregressa, para o mundo. Será que Cristo não os ama mais? Claro que sim. É o próprio Jesus que nos ensina a amar até o inimigo, pois amar quem nos ama é fácil, isso até os pagãos fazem. (Mt 5:43-48 NVI) Precisamos resgatar os nossos irmãos que se foram, que se perderam. Deus espera essa atitude de nós.
Em diversas ocasiões em que Jesus operou milagres Ele foi movido por íntima compaixão pelos perdidos e pelas multidões. O seu sacrifício na cruz foi por eles também.
Quantos de nós já nos movemos ao menos para orar por essas vidas? Quantos de nós já nos movemos para ir até essas pessoas e dizer: "Arrependa-se, volte... Jesus te ama; eu também!"
I – "Onde está o teu irmão?"
Quando Deus nos faz esta pergunta, ele nos faz lembrar que devemos:
A) Amar uns aos outros - A lei antiga dos Judeus já prescrevia isso: “(...) Amarás ao teu próximo como a ti mesmo.” (Lv 19:18) Aqui o padrão é o indivíduo, o limite é “a si mesmo”, o que já é para muitos algo quase impossível, gostar de alguém como ele gosta de si mesmo. E já se discutia sobre quem é esse próximo. Se o inimigo ou somente os amigos, ou se o próximo é somente quem é irmão. Mas só a lei não foi suficiente, Cristo, então, eleva o nível passando Ele a ser o padrão, a referência de amor ao próximo conforme descrito em João 13:34-35 "Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros." Essa então é a Lei de Cristo e João lembra isso em 1 Jo 3:11 - "Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio, que nos amemos uns aos outros."
"Onde está o teu irmão?" Quando Deus nos faz esta pergunta, ele nos faz lembrar que devemos:
B) Perdoar uns aos outros - É difícil imaginar que irmãos frequentam o mesmo local, se apresentam para cultuar ao Senhor juntos e muitas vezes não se falam, guardam mágoas uns dos outros. O apóstolo Paulo nos ensina em Efésios 4:32 – “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” Aqui novamente o padrão de perdão é Cristo. Será que Jesus anda se lembrando do que fomos? Será que Ele já não nos perdoou? Lembremo-nos do que Cristo nos ensinou: “(…) perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos ofendeu.” (Mt 6:12) Estamos agindo assim?
"Onde está o teu irmão?" Quando Deus nos faz esta pergunta, ele nos faz lembrar que devemos:
C) Suportar uns aos outros - Cabe alguma explicação aqui sobre o “suportando-vos”. Esse suportar, como sendo dar suporte, ajudar os outros a resistirem ao “peso” da tentação do pecado. E aí podemos ver claramente a diferença de carga e de fardo. “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo. Porque cada um levará o seu próprio fardo.” (Gl 6:2,5) Eu levo a minha cruz, o meu fardo, por esse eu serei responsável diante de Deus, por tudo que fiz ou disse, ou até pensei. Mas isso não me impede de ser solidário com a carga do meu irmão e ajudá-lo diante das dificuldades, das tentações, do pecado, das dores e sofrimentos pelos quais ele possa estar passando, consolando-o, exortando-o, animando-o na fé.
"Suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também." (Cl 3:13)
"Onde está o teu irmão?" Quando Deus nos faz esta pergunta, ele nos faz lembrar que devemos:
D) Exortar uns aos outros - Exortar é animar, alertar, incentivar. Não vamos confundir com repreender, reprimir ou punir. O apóstolo Paulo nos ensina em Hebreus 3:13 – “(…) antes exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;” Quando diz esse tempo que se chama hoje é para não deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, nem se lamuriar no ontem porque deixou passar. Hoje é Hoje! Esse “antes” significa que estou acompanhando e antes que aconteça estou junto. Não se refere a depois que o pecado se instalou e agora vou castigar o irmão. É prevenir antes que aconteça, é ajudar o irmão a não cair em falta. É alertar que tal caminho não parece ser bom, mas caminhos de morte. Isso antes de acontecer, e só se sabe que o pecado está rondando o irmão quem está perto e se importa com ele.
Portanto esta pergunta serve para nós que queremos que a consolidação funcione em nossa Igreja. Onde estão teus irmãos? Onde está o novo convertido da semana passada? Onde está o teu discípulo, pois Jesus nos chamou para fazermos discípulos.
O Senhor fez e ainda hoje continua a fazer a cada um de nós a pergunta: Onde está o teu irmão? Só que nós também respondemos: "Não sei! Será que eu sou o guarda do meu irmão? Tu é que devias saber Senhor. Tu é que és Deus, cada um tem que saber de si e Tu tens que saber de todos. Eu não sei do meu irmão. Ele não tem aparecido, como é que posso saber dele? Vai lá procura-lo Senhor, ele não tem aparecido, mas toca o seu coração para que venha. Envia os teus anjos para despertá-lo."
II – Duas respostas irresponsáveis de um falso consolidador.
A) Não sei!
Esta tem sido a resposta de muitos na Igreja. Caim sabia muito bem onde Abel estava. Ele estava sepultado na terra.
ABEL É A FIGURA PERFEITA DE IRMÃOS QUE SÃO ASSASSINADOS E SEPULTADOS A CADA SEMANA, APÓS SUAS DECISÕES EM NOSSAS CÉLULAS E NA IGREJA PORQUE NÃO TEM QUEM OS CONSOLIDE.
Feche os olhos e ouça esta pergunta de Deus: Onde estão seus irmãos (os novos convertidos) da última reunião de célula? Do Domingo passado? Da Rede passada? Qual a sua resposta para o Senhor? Se alguns fossem sinceros, responderiam: "Senhor, eu matei a todos com a minha preguiça e falta de compromisso e os sepultei no túmulo da minha negligência e desprezo."
EXISTEM MUITAS ALMAS PERDIDAS POR FALTA DE VERDADEIROS CONSOLIDADORES.
Somos chamados para dar frutos.
"Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda." (Jo 15:16)
SE NÃO DERMOS FRUTOS SEREMOS CORTADOS DA VIDEIRA CHAMADA JESUS.
Um dos fatores que fazem a diferença em uma célula que cresce e uma que não cresce é a consolidação levada a sério, os resultados são nítidos.
A segunda resposta irresponsável de um falso consolidador é:
B) Sou eu o guardador de meu irmão?
Esta resposta de Caim revela toda sua indiferença. Caim, como irmão, deveria ser guardador de Abel. Somos guardadores uns dos outros. Qual seria seu último pedido para seus filhos antes de sair do país, ou morrer? Cuide bem da casa! Cuide bem dos teus irmãos!
Num dos últimos encontros de Jesus com seus discípulos ele lhes deu uma grande ordem “FAZEI DISCÍPULOS.” O Senhor nunca quis que a Igreja esquecesse disso!
Quando Cristo fala: “FAZEI DISCÍPULOS” ele está dizendo que devemos ser os GUARDADORES, CONSOLIDADORES e DISCIPULADORES de nossos irmãos.
Repita comigo: FAZER DISCÍPULOS É RESPONSABILIDADE DE TODOS NÓS.
Quando não consolidamos trazemos para a nossa célula a "síndrome da célula anã", ou seja, a célula que ganha muito e retém pouco, e consequentemente, permanece do mesmo jeito com o passar do tempo.
E as respostas para a falta de crescimento são as mesmas:
Ele não permaneceu porque não era um dos nossos.
Não tenho pessoal qualificado na célula.
É melhor qualidade do que quantidade.
Conclusão:
Quantos anos de fé você tem? Quantos discípulos você fez?
Ao compararmos João 3:16 com 1 João 3:16 somos desafiados por Deus a manifestar a fé que professamos de forma prática. Isso porque o primeiro versículo revela como Deus amou o mundo: dando a sua vida por nós. O segundo nos ordena a amarmos os nossos irmãos a ponto de darmos a nossa vida por eles.
“Ah, mas ele não é entrosado. É um discípulo novo.” MAS ELE É IRMÃO!
“Ah, ele já é antigo e não muda, às vezes até é meio chato.” MAS É IRMÃO!
“Pegou no meu pé. Deu bola fora. Falou o que não era para falar. Está na pior.” MAS É IRMÃO!
“Ah, se ele falar e você discordar... Ele olha para você meio torto. Já deu até briga. ” MAS É IRMÃO!
“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.” (Jo 13:35)
Comentários
Postar um comentário