TEMA: QUEBRANDO O VASO
Texto: Lucas 7.36-50 ARA :: Baixe Aqui ::
INTRODUÇÃO
O texto que acabamos de ler nos revela um Deus rico em misericórdia e pronto a perdoar o pecador. Nele temos três personagens: uma mulher, cujo nome não é mencionado rotulada de pecadora, Simão um fariseu e o profeta Jesus, aquele que vê o coração.
Simão convida Jesus para jantar em sua casa. Ressalte-se que na cultura Judaica do primeiro século, a refeição era símbolo de união, amizade e comunhão. Portanto, uma pessoa só sentava à mesa com quem considerasse seu amigo. Embora Jesus tivesse tido vários embates com os fariseus, não considerava inimigos. Foi por isso que Ele aceitou o convite de Simão.
"Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar/assentou-se à mesa" (Lc 7.36 ARA).
O princípio bíblico é: "Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens" (Rm 12.18 ARA).
1 - RITUAL DE HOSPITALIDADE.
Segundo os rituais judaico da hospitalidade, na chegada dos convidados, um dos criados da casa, geralmente o menor de todos, e em casos excepcionais, o próprio dono, lavava e enxugava os pés dos visitantes, como sinal de consideração. Ele desatava as correias das sandálias que os convidados calçavam e com cuidado lavava os seus pés sujos da poeira e do barro dos caminhos, quase nunca pavimentados.
Foi esse o significado da frase de João Batista: "Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar as correias das sandálias" (Jo 1.27 ARC). João o precursor de Jesus, o maior entre os nascidos de mulher, humildemente dizia que não era digno de que o Cristo entrasse em sua casa.
Ainda segundo a tradição de hospitalidade da época, o anfitrião da casa também recebia seus hóspedes com osculo santo, ou seja, um beijo na testa simbolizando boas vindas. Para finalizar o ritual, durante a refeição ele derramava algumas gotas de óleo perfumado sobre a cabeça do convidado principal como sinal de respeito.
Simão convidou Jesus para ir à sua casa, mas não o recepcionou de forma digna, violou todas as regras de hospitalidade demonstrando a sua falta de consideração e desrespeito (Lc 7.44-46 ARA).
Muitas vezes agimos da mesma forma. Convidamos o Mestre para entrar na nossa casa, que representa a nossa vida, Ele aceita o convite e nós não expressamos nenhuma consideração, nenhum respeito, não o honramos. Dizemos que Jesus é o nosso Senhor, que Ele tem o governo e a primazia, mas nossas atitudes revelam outra verdade pois o relegamos a um plano secundário na nossa escala de valores: "se der eu vou à Igreja, se eu estiver disposto eu apareço na célula, se sobrar eu devolvo o dízimo e oferto, não me convide para nada eu não tenho tempo para assumir nenhum compromisso no reino, não me venha com esse negócio de prestar relatório da minha vida pra ninguém, quem manda em mim sou eu." Algumas atitudes que mostram o valor que damos ao Senhor, nosso desprezo maquiado pela correria do dia a dia.
II - VASO DE ALABASTRO.
Imagino que para compensar a falta de apreço de Simão é que entra em cena uma mulher da cidade, sem nome, designada apenas de pecadora, trazendo um vaso de alabastro com unguento. Ela ajoelhou-se aos pés do Senhor, e chorando, com as suas lágrimas lava e com o seu cabelo ela enxuga os seus pés, e beijando começa a derramar perfume sobre eles (Lc 7.37-38 NVT).
Esses vasos eram frascos de gargalo comprido, feitos de material delicado e transparente. O alabastro é um gesso branco, finíssimo, mais suave do que o mármore. Nele eram colocados unguentos e perfumes preciosos. A maior parte era proveniente da cidade de Damasco, na Síria. Nós somos como esses vasos de alabastros, feitos de material frágil, o barro, capaz de ser destruído por um microorganismo (vírus, bactéria, protozoário), que só pode ser visto através de um microscópio, mas que carregamos dentro de nós o Criador do universo. O apóstolo Paulo diz: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Co 4.7 ARA).
Todas as famílias compravam um vaso de alabastro quando uma de suas moças ia se casar, ele fazia parte do dote, e dentro dele colocavam óleos e perfumes preciosos. Quanto mais abastada a família, mais alto o valor desse vaso e seu conteúdo. Quando a moça era pedida em casamento, deveria quebrar o vaso aos pés do noivo, com isso ela honrava seu futuro marido. Entre os perfumes mais valiosos estava o nardo, procedente da cidade de Tarso, na Cilicia (hoje na Turquia).
III - NARDO
O nardo era um óleo extraído da raiz de uma planta da Índia chamada Nardostachys jatamansi que crescia nas montanhas do Himalaya. A distância e a raridade da planta eram os ingredientes que tornava o nardo caríssimo e tão muito procurado.
Fazendo uma analogia/comparação com o episódio do evangelho de João, de acordo com a avaliação de Judas Iscariotes, esse perfume podia ser vendido por 300 denários (Jo 12.5 ARA). Um denário equivalia à uma diária de um trabalhador braçal. Portanto, 300 denários correspondia a um ano de salário de um trabalhador braçal daquela época.
Lucas não diz qual a essência daquele bálsamo, o que nos permite conjecturar/imaginar que seria nardo. Aquela mulher ofereceu a Jesus algo de valor, algo que lhe custou muito. Certamente ela deu ao Senhor o seu melhor porque reconheceu que Ele merecia nada menos do que o melhor. Esse óleo tornou-se mais valioso ainda por causa daquele sobre quem ele foi derramado. O recado dessa mulher ao derramar o nardo sobre a cabeça de Jesus foi esse: “O valor desse nardo puro não se compara ao valor do Senhor para mim!”
CONCLUSÃO
Isso me faz refletir: O que temos oferecido a Jesus? Muitas vezes só oferecemos ingratidão, murmuração, problemas, questionamentos, revoltas, críticas, mágoas.
Oferecemos o resto. O resto do nosso tempo, o resto da nossa dedicação, o resto do nosso compromisso, o resto da nossa atenção, o resto dos nossos esforços, o resto dos nossos dons, talentos… Será que é isso que Ele merece de nós?
Minha consciência me leva a pensar: Como posso dar o resto de mim à alguém que me deu o melhor que eu sou? Como posso dar o resto do que tenho à alguém que me deu tudo o que possuo? Tudo que tenho, tudo que sou, o ar que eu respiro, tudo provém dele. Esposa, marido, filhos, ministério, trabalho, recursos, a vida, tudo provém dele.
Por isso, dê o seu melhor para Deus. Dê o melhor do seu tempo, o melhor louvor, a melhor adoração, a melhor oferta, a melhor atenção. Deus não espera outra coisa de um filho.
Vemos nesse episódio duas atitudes completamente diferentes: a do fariseu Simão e a da mulher pecadora. Quem é você? Suas atitudes revelam para Jesus quem você é. Ainda que você tenha chegado como Simão, hoje você pode sair daqui como aquela mulher que voltou para a sua casa perdoada, que foi salva pela sua fé e que recebeu a aprovação e o louvor do Senhor Jesus.
PR. CÉSAR BRAGA
Texto: Lucas 7.36-50 ARA :: Baixe Aqui ::
INTRODUÇÃO
O texto que acabamos de ler nos revela um Deus rico em misericórdia e pronto a perdoar o pecador. Nele temos três personagens: uma mulher, cujo nome não é mencionado rotulada de pecadora, Simão um fariseu e o profeta Jesus, aquele que vê o coração.
Simão convida Jesus para jantar em sua casa. Ressalte-se que na cultura Judaica do primeiro século, a refeição era símbolo de união, amizade e comunhão. Portanto, uma pessoa só sentava à mesa com quem considerasse seu amigo. Embora Jesus tivesse tido vários embates com os fariseus, não considerava inimigos. Foi por isso que Ele aceitou o convite de Simão.
"Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar/assentou-se à mesa" (Lc 7.36 ARA).
O princípio bíblico é: "Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens" (Rm 12.18 ARA).
1 - RITUAL DE HOSPITALIDADE.
Segundo os rituais judaico da hospitalidade, na chegada dos convidados, um dos criados da casa, geralmente o menor de todos, e em casos excepcionais, o próprio dono, lavava e enxugava os pés dos visitantes, como sinal de consideração. Ele desatava as correias das sandálias que os convidados calçavam e com cuidado lavava os seus pés sujos da poeira e do barro dos caminhos, quase nunca pavimentados.
Foi esse o significado da frase de João Batista: "Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar as correias das sandálias" (Jo 1.27 ARC). João o precursor de Jesus, o maior entre os nascidos de mulher, humildemente dizia que não era digno de que o Cristo entrasse em sua casa.
Ainda segundo a tradição de hospitalidade da época, o anfitrião da casa também recebia seus hóspedes com osculo santo, ou seja, um beijo na testa simbolizando boas vindas. Para finalizar o ritual, durante a refeição ele derramava algumas gotas de óleo perfumado sobre a cabeça do convidado principal como sinal de respeito.
Simão convidou Jesus para ir à sua casa, mas não o recepcionou de forma digna, violou todas as regras de hospitalidade demonstrando a sua falta de consideração e desrespeito (Lc 7.44-46 ARA).
Muitas vezes agimos da mesma forma. Convidamos o Mestre para entrar na nossa casa, que representa a nossa vida, Ele aceita o convite e nós não expressamos nenhuma consideração, nenhum respeito, não o honramos. Dizemos que Jesus é o nosso Senhor, que Ele tem o governo e a primazia, mas nossas atitudes revelam outra verdade pois o relegamos a um plano secundário na nossa escala de valores: "se der eu vou à Igreja, se eu estiver disposto eu apareço na célula, se sobrar eu devolvo o dízimo e oferto, não me convide para nada eu não tenho tempo para assumir nenhum compromisso no reino, não me venha com esse negócio de prestar relatório da minha vida pra ninguém, quem manda em mim sou eu." Algumas atitudes que mostram o valor que damos ao Senhor, nosso desprezo maquiado pela correria do dia a dia.
II - VASO DE ALABASTRO.
Imagino que para compensar a falta de apreço de Simão é que entra em cena uma mulher da cidade, sem nome, designada apenas de pecadora, trazendo um vaso de alabastro com unguento. Ela ajoelhou-se aos pés do Senhor, e chorando, com as suas lágrimas lava e com o seu cabelo ela enxuga os seus pés, e beijando começa a derramar perfume sobre eles (Lc 7.37-38 NVT).
Esses vasos eram frascos de gargalo comprido, feitos de material delicado e transparente. O alabastro é um gesso branco, finíssimo, mais suave do que o mármore. Nele eram colocados unguentos e perfumes preciosos. A maior parte era proveniente da cidade de Damasco, na Síria. Nós somos como esses vasos de alabastros, feitos de material frágil, o barro, capaz de ser destruído por um microorganismo (vírus, bactéria, protozoário), que só pode ser visto através de um microscópio, mas que carregamos dentro de nós o Criador do universo. O apóstolo Paulo diz: “Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós” (2 Co 4.7 ARA).
Todas as famílias compravam um vaso de alabastro quando uma de suas moças ia se casar, ele fazia parte do dote, e dentro dele colocavam óleos e perfumes preciosos. Quanto mais abastada a família, mais alto o valor desse vaso e seu conteúdo. Quando a moça era pedida em casamento, deveria quebrar o vaso aos pés do noivo, com isso ela honrava seu futuro marido. Entre os perfumes mais valiosos estava o nardo, procedente da cidade de Tarso, na Cilicia (hoje na Turquia).
III - NARDO
O nardo era um óleo extraído da raiz de uma planta da Índia chamada Nardostachys jatamansi que crescia nas montanhas do Himalaya. A distância e a raridade da planta eram os ingredientes que tornava o nardo caríssimo e tão muito procurado.
Fazendo uma analogia/comparação com o episódio do evangelho de João, de acordo com a avaliação de Judas Iscariotes, esse perfume podia ser vendido por 300 denários (Jo 12.5 ARA). Um denário equivalia à uma diária de um trabalhador braçal. Portanto, 300 denários correspondia a um ano de salário de um trabalhador braçal daquela época.
Lucas não diz qual a essência daquele bálsamo, o que nos permite conjecturar/imaginar que seria nardo. Aquela mulher ofereceu a Jesus algo de valor, algo que lhe custou muito. Certamente ela deu ao Senhor o seu melhor porque reconheceu que Ele merecia nada menos do que o melhor. Esse óleo tornou-se mais valioso ainda por causa daquele sobre quem ele foi derramado. O recado dessa mulher ao derramar o nardo sobre a cabeça de Jesus foi esse: “O valor desse nardo puro não se compara ao valor do Senhor para mim!”
CONCLUSÃO
Isso me faz refletir: O que temos oferecido a Jesus? Muitas vezes só oferecemos ingratidão, murmuração, problemas, questionamentos, revoltas, críticas, mágoas.
Oferecemos o resto. O resto do nosso tempo, o resto da nossa dedicação, o resto do nosso compromisso, o resto da nossa atenção, o resto dos nossos esforços, o resto dos nossos dons, talentos… Será que é isso que Ele merece de nós?
Minha consciência me leva a pensar: Como posso dar o resto de mim à alguém que me deu o melhor que eu sou? Como posso dar o resto do que tenho à alguém que me deu tudo o que possuo? Tudo que tenho, tudo que sou, o ar que eu respiro, tudo provém dele. Esposa, marido, filhos, ministério, trabalho, recursos, a vida, tudo provém dele.
Por isso, dê o seu melhor para Deus. Dê o melhor do seu tempo, o melhor louvor, a melhor adoração, a melhor oferta, a melhor atenção. Deus não espera outra coisa de um filho.
Vemos nesse episódio duas atitudes completamente diferentes: a do fariseu Simão e a da mulher pecadora. Quem é você? Suas atitudes revelam para Jesus quem você é. Ainda que você tenha chegado como Simão, hoje você pode sair daqui como aquela mulher que voltou para a sua casa perdoada, que foi salva pela sua fé e que recebeu a aprovação e o louvor do Senhor Jesus.
PR. CÉSAR BRAGA
Boa noite para o abençoado pastor que Deus usou para fazer esse estudo BÍBLICO. Que Deus abençoe grandemente homem de Deus. GRANDE ESTUDO bíblico. Que o SENHOR continue te usando
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