INTRODUÇÃO
Todo cristão precisa ter consciência que existe uma guerra espiritual sendo travada pelo reino das trevas contra os santos. Entretanto, temos a garantia de que entramos nesta batalha com a vitória em nossas mãos, pois o Senhor promete estar conosco nesta peleja, nesta luta. “(...) Assim diz o Senhor: Não temais, nem vos assusteis por causa desta grande multidão, porque a peleja não é vossa, mas de Deus” (2 Cr 20.15).
O inimigo usa suas armas para nos distrair e tirarmos os olhos da adoração ao Deus Único e Verdadeiro, ele quer nos intimidar e nos fazer acreditar que seremos derrotados. O Senhor, porém, quer abrir o nosso entendimento para que vejamos no reino espiritual que o exército que está conosco é bem maior do que o exército inimigo. Deus é maior e quando Ele age ninguém pode impedi-lo. “(...) Agindo eu, quem impedirá?” (Is 43.13).
Vamos, portanto, conhecer as armas que o diabo usa contra os santos.
1. ARMAS DE ATAQUE DO DIABO:
A) Sedução (Dn 3.1-5).
Esta é a primeira arma de ataque do diabo. Seduzir é levar ao erro ou ao mal, enganando com artifícios ou amabilidades. A sedução desencaminha, encanta, fascina. O diabo, no deserto, tentou seduzir Jesus, levá-lo ao erro, ao pecado (Mt 4.8-11).
O inimigo tenta, através da sedução, gerar em nossos corações uma atitude de rebeldia contra Deus e seus princípios. O texto nos relata que a estátua, feita pelo rei Nabucodonozor, era de ouro. Algo suntuoso e de grande valor, que deveria ser reverenciado e adorado por todos. Media 27 metros de altura (equivalente a um prédio de 9 andares) e 2,70 metros de largura.
Esta estátua era o símbolo de autoridade e poder do rei, dando a entender aos súditos que algo de tão grande majestade poderia responder aos anseios do coração do homem. O inimigo age dessa forma: ele quer nos levar a pensar que ele tem algo melhor a nos oferecer do que o Senhor. A Jesus ele mostrou todos os reinos do mundo e a glória deles, “e disse: Tudo isso te darei se, prostrado, você me adorar” (Mt 4.9). Para você talvez ele ofereça: status, posição social, dinheiro, fama, suborno...
O mundo é levado pela sedução e todo aquele que não segue o caminho da santidade pode cair diante desta investida maligna. Sadraque, Mesaque e Abednego não cederam a sedução. Faça como eles, não caia diante da sedução do inimigo!
B) Coação (Dn 3.6-15).
Esta é a segunda arma de ataque do diabo contra os filhos de Deus. Coagir é forçar, constranger, obrigar usando de violência física ou psíquica. “Se você não assinar esse documento perderá a sua comissão”. É através dessa arma que o diabo mantém muitas pessoas presas no satanismo, na macumba, no candomblé. Satanás covardemente tenta nos amedrontar, nos coagir. Ele faz ameaças que nos colocam diante de decisões determinantes em nosso viver. “E qualquer que não se prostrar (diante da estátua de ouro) e não a adorar, será na mesma hora lançado dentro duma fornalha de fogo ardente” (Dn 3.6).
No texto que lemos vemos que o inimigo ficou furioso porque os judeus não cederam a sedução da estátua de ouro, então ele veio com uma arma mais forte que foi a coação, tentando levá-los a quebrar princípios e a se prostrar mediante a ameaça e a força.
Pasmem, e eu falo isso com muito pesar, tem líderes de célula e até pastores fazendo uso da coação para manter seus rebanhos. O apóstolo Pedro nos orienta: “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, não por força, mas voluntariamente segundo a vontade de Deus; nem por torpe ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores sobre os que vos foram confiados, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe 5.2-3).
Paulo nos ensina: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão” (Gl 5.1). Ninguém é dono de ninguém.
Estas são algumas das armas do diabo contra os santos, porém nós temos também nossas armas que o Senhor nos deu e que nos conduzem a vitória. “Pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas” (2 Co 10.4).
2. ARMAS DE VITÓRIA DOS SANTOS:
Está escrito: “Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
A) Sujeição a Deus (Dn 3.16-17).
Diante da afronta do diabo não devemos gastar tempo nos justificando e tentando conseguir um escape meramente humano. Precisamos sim, nos sujeitar e nos humilhar debaixo da potente mão de Deus pois Ele providenciará uma saída, uma salvação. Isso implica num exercício de fé já que necessitamos crer na fidelidade do Pai para com seus filhos.Assim fizeram Sadraque, Mesaque e Abednego, eles disseram ao rei: “não necessitamos de te responder sobre este negócio.”
A convicção de vitória era tão grande que eles se dispuseram a passar pela prova sujeitando-se ao Senhor. Quer obter a vitória? Sujeite-se a Deus.
B) Resistir ao diabo (Dn 3.18).
Resistir é conservar-se firme, não sucumbir, não ceder. Esta postura denota/mostra a fidelidade do cristão a Deus. É a determinação em manter a minha aliança com o Senhor não recuando diante do inimigo. É crer no livramento, porém se este não acontecer, é estar ciente de que vale a pena ser fiel até a morte, se assim for necessário. Jesus não olhou para o sofrimento na cruz, Ele fixou seus olhos na ressurreição. O texto nos mostra o exemplo desta ação dos homens de Deus: “Mas se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste”
(Dn 3.18).
Com ou sem o livramento eles estavam determinados e não retrocederam por amor a Deus.Quando agimos dessa maneira, enchemos o diabo de raiva e, então, ele dá suas últimas cartadas para buscar nos destruir, para ver se realmente vamos continuar no propósito de perseverar.
Muitos neste momento murmuram, pois esperavam ser retirados da prova e, ao invés, as coisas pioram. É quando pensamos em desistir e até mesmo duvidamos da fidelidade de Deus para conosco ou achamos que fomos abandonados na guerra. Ledo engano! Deus quer nos dar a vitória, persevere!
Quando nos sujeitamos a Deus, resistimos ao diabo e perseveramos até o fim, então, abrimos caminho para a ação sobrenatural do Senhor.
3. VITÓRIA DOS SANTOS (Dn 3.24-30)
O diabo tenta nos atar com suas seduções e afrontas, mas o Senhor despedaça todas as ataduras e caminha ao nosso lado em meio às provas. Aqueles que têm aliança com Deus o fogo não consegue queimá-los, nem as águas podem afogá-los e nem em meio à cova dos leões podem ser molestados, pois o Todo Poderoso os guarda.
Nabucodonozor teve que reconhecer: “Não há deus que possa livrar desta maneira” (V.29). Estes três homens além de experimentarem um livramento poderoso da fornalha de fogo ardente, ainda foram prósperos em terra estranha: “Então o rei fez prosperar a Sadraque, Mesaque e Abednego na província de Babilônia” (V.30).
CONCLUSÃO
Deus quer te levar a esta mesma dimensão. Vença a sedução e a coação, sujeite-se a Deus, resista ao diabo e você obterá a vitória e ainda recolherá os despojos do inimigo.
PR. CÉSAR BRAGA
Comentários
Postar um comentário