O MANDADO DIVINO DA PRIORIDADE


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Texto: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
‭(‭Mt ‭6.33‬)‬‬‬


"Vamos em busca de tudo aquilo que priorizamos." (Myles Munroe)

Introdução

Somente aqueles que buscam o Reino de Deus irão encontrá-lo, e com essa procura é que vem também a compreensão a respeito das características do Reino e do modo como ele funciona. Jesus disse aos seus seguidores mais íntimos: "Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus (...)" (Mt 13.11). Sendo assim, os discípulos poderiam descobrir a maneira de viver sob a direção do Senhor e, também, experimentar a plenitude das bênçãos dele em suas vidas. Essa palavra nos alcançou.

Nossa prioridade-mor, ou seja, a atividade principal é mais importante de nossa vida, deve ser buscar o Reino de Deus. O que é buscar o Reino? Como fazemos isso? Como acharemos o Reino de Deus se não sabemos como procurá-lo ou o que encontraremos? O Senhor nunca exige de nós algo que não podemos fazer. Ele nunca nos instrui a realizar algo sem que antes nos mostre como proceder.

Como Ele deseja que busquemos e encontremos seu Reino, o Messias nos deixou a seguinte promessa: "Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração" (Jr 29.13). Como achamos o Senhor? Quando o buscamos de todo coração. Encontrar Deus é o mesmo que encontrar seu Reino, porque os dois são inseparáveis. E Jesus nos garante: "Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino" (Lc 12.32).

A tarefa de buscar o Reino e a justiça de Deus em primeiro lugar é uma ordem dada por Jesus e não uma sugestão. Portanto...

I - A ordem divina: "buscar".

"Buscar" é perseguir com vigor e determinação, de modo diligente e incessante até que o objeto dessa procura seja encontrado.

No capítulo 15 do evangelho de Lucas, Jesus falou sobre um homem que perdeu uma de suas cem ovelhas (V.4), e de uma mulher que havia perdido uma de suas dez moedas de prata, dracmas (V.8). Cristo contou como os dois procuraram diligentemente e não desistiram até recuperarem o que havia sido perdido. Isso significa "buscar". Temos que perseguir o Reino de Deus com determinação e esforço até encontrá-lo.

Buscar o Reino significa estudá-lo com diligência. Apenas por meio de uma análise dedicada, podemos conhecer os segredos do Reino e sua constituição, a Bíblia. Isso envolve separar tempo para meditar. O Salmo 1.2 afirma que o homem feliz, bem-aventurado, se agrada da lei do Senhor e nela medita de dia e de noite. À medida que estudamos a Palavra, o Espírito Santo abre a nossa mente para que possamos compreender as verdades do Reino. Só assim, seremos capazes de ensiná-lo com propriedade, falando dos seus benefícios e das suas bênçãos.

Quando buscamos algo, temos o desejo de conhecê-lo. Quem buscaria alguma coisa que não fosse de seu interesse? Quem separaria tempo para meditar em algo que não lhe significasse nada? Se queremos conhecer o Reino de Deus e os seus caminhos, o Rei garantirá que nosso desejo seja satisfeito. Jesus disse: "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos" (Mt 5.6).

Devemos não apenas desejar o Reino, mas também desenvolver uma paixão por ele! Pelo que você está apaixonado? O que o estimula a levantar-se de manhã? O que enche sua vida de propósito? Cada um de nós tem paixão por alguma coisa. Se você não tem um intenso desejo pelo Reino de Deus, então está enfocando a coisa errada.

Buscar o Reino é uma atitude deliberada. Nunca iremos encontrá-lo por acidente. Temos que planejar isso.

II - A prioridade divina: "em primeiro lugar".

Se a ordem divina é buscar o Reino de Deus, devemos fazê-lo em primeiro lugar, acima e antes de qualquer outra coisa. Isto significa conferir-lhe o mais alto valor e mostrarmo-nos dispostos a sacrificar qualquer coisa em prol dele. Assim, todas as outras prioridades da vida passam a ser secundárias e ficam tão abaixo da principal que quase se tornam insignificantes.

Buscar o Reino de Deus em primeiro lugar não significa colocá-lo em vantagem entre muitos outros, mas sim tê-lo como primeiro e único. Quando o Senhor disse aos israelitas: "Não terás outros deuses diante de mim"
(Êx 20.3), não estava afirmando: "Desde que vocês me adorem em primeiro lugar, podem ter outros deuses". O que Ele quis dizer foi que os judeus nunca deveriam trazer outros deuses à sua presença. O Senhor exigia direitos exclusivos de adoração, amor e devoção.

Buscar o Reino de Deus em primeiro lugar significa levar em conta os interesses do Reino antes de tomarmos decisões, tais como: "Quando e onde estudar, com quem casar, que emprego aceitar, como gastar o tempo, dinheiro". Antes de decidir sobre essas e outras questões, temos de fazer-nos a pergunta: "Isso está em acordo com o Reino de Deus?" Todos os dias somos atacados com oportunidades para comprometer a moralidade, a honestidade, a integridade e o caráter: o patrão pode nos pedir para fazermos algo desonesto no emprego; o namorado, o corte tenta nos convencer a ter um relacionamento imoral; somos tentados a sonegar impostos.

Então, temos que aprender a fazer a seguinte pergunta: "O que desejo fazer será benéfico ao Reino de Deus?" Não vale a pena violar os princípios divinos para agilizar um negócio, subornando ou sendo subornado. Desenvolver o hábito de considerar o Reino em primeiro lugar nos ajuda a fugir de muitos erros e decisões ruins.

III - O objeto divino: "o Reino de Deus".

O que é o Reino dos céus? Em termos simples, é o governo de Deus. É o seu domínio sobre esta terra e o céu. É a sua vontade sendo executada em toda a criação.

Quando Jesus disse que devemos buscar o Reino de Deus em primeiro lugar, estava afirmando para darmos prioridade ao domínio do Altíssimo sobre nós e tudo o que temos na vida.

A palavra reino também significa influência sobre um território. Ao buscarmos o Reino de Deus em primeiro lugar, aceitamos que sua influência se estenda sobre nossa vida particular, nossos negócios,nosso casamento, nossos relacionamentos, nossa vida sexual e todas as outras áreas de nossa existência.

No Reino de Deus estamos sob a jurisdição dos céus. Isso significa que o Senhor, o Rei, torna-se nosso ponto de referência para tudo. A vontade dele passa a ser nossa vontade; os caminhos dele se tornam os nossos caminhos; a cultura dele fica sendo a nossa cultura, e os interesses dele se tornam os nossos interesses. Como súditos e filhos do Rei por intermédio de Cristo, tornamo-nos embaixadores do Reino celestial neste mundo.

Além disso, influência também significa impacto. Reis e rainhas impactam os lugares e as pessoas sobre os quais governam.

Isso levanta um ponto bastante importante: podemos afirmar em que reino estamos com base na maneira como vivemos. Se afirmarmos crer e seguir ao Rei Jesus, nossa vida refletirá a influência de seu governo e de sua administração. Outras pessoas que não fazem parte do Reino ficam confusas, e questionam por que somos tão diferentes. Isso se deve ao fato de estarmos sob uma administração diferente da do mundo; um governo diferente, com cultura e leis distintas.

Jesus disse: "Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? (...) Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons" (Mt 7.16,18). Isso significa que as pessoas podem perceber que tipo de árvore somos com base no que produzimos. Temos que manifestar os frutos - a influência - do Reino de Deus para que todos percebam claramente a quem seguimos.

Podemos definir um reino da seguinte maneira: a influência de um rei sobre o território, impactando-o com seu propósito e seus intentos, produzindo cultura, valores, um código moral é um estilo de vida que refletem o desejo do monarca para com seus súditos.

Isso descreve perfeitamente o Reino de Deus que Jesus nos instrui a buscar em primeiro lugar.

IV - A posição divina: "a justiça de Deus".

Além de buscarmos o Reino de Deus em primeiro lugar, também devemos buscar sua justiça. O Reino de Deus não pode ser separado de sua justiça, pois ele reflete a natureza e o caráter do Rei. O Senhor é justo, logo, seu Reino também é justo.

Apenas pessoas justas podem ingressar no Reino dos céus. O problema é que nenhum de nós é justo por natureza. “Como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer” (Rm 3.10-12).

Entretanto, quando entregamos nossa vida ao Senhor, nascemos de novo, nos arrependemos do pecado, abraçamos a fé em Cristo, Deus o Pai nos considera justificados. Ele nos declara justos com base na justiça de seu Filho e, então, podemos entrar no Reino de Deus. Não é por nossos próprios méritos, e sim, pelo que Jesus fez.

O Novo Testamento chama isso de justificação. Esse é um termo legal que significa declarar alguém inocente como se a pessoa nunca houvesse cometido qualquer ofensa ou pecado. Quando somos justificados em Cristo, recebemos o perdão do Rei. Ele nos transforma em súditos do seu Reino com acesso a todos os direitos, privilégios e recursos dos céus. E também passamos a estar sob o governo e a administração do Reino, tendo que prestar contas ao Rei.

O termo justo também tem aplicação legal. Ele significa estar em consonância/harmonia com os padrões do governo. Se somos declarados justos, isso quer dizer que não violamos as leis do governo. Uma pessoa justa está em situação regular para com as autoridades o que lhe confere comunhão com os governantes. Enquanto cumprimos as leis e os padrões do governo, não temos nada a temer. Nossa consciência está tranquila. Todavia, no momento em que descumprimos alguma lei, nossa comunhão e posição correta com a autoridade são rompidas. Daí, deixamos de ser justos.

Se você infringe a lei, torna-se culpado. Esse sentimento de culpa gera tensão em sua mente, porque você sabe que esta em dissonância/discordância com os padrões do governo.

Essa analogia/comparação descreve perfeitamente o dilema enfrentado pela raça humana. Nenhum de nós é justo. Estamos todos em dissonância com os padrões de governo, com os padrões de Deus. Quando Adão pecou, sua pecaminosidade passou para todas as gerações seguintes, corrompendo todos os seus descendentes. O pecado é rebeldia contra a autoridade régia/real de Deus.

Se desejarmos entrar no Reino dos céus, nossa posição correta com o Senhor tem que ser restaurada. Por isso, Jesus Cristo veio a este mundo, não apenas para anunciar a chegada do Reino, mas também para garantir que, por sua morte sem pecado, fossemos justificados diante de Deus. O Mestre viveu e morreu para que pudéssemos ingressar no Reino de Deus.

O sangue dele limpa a mancha da rebeldia e remove nossa culpa. Ele nos coloca de volta na posição correta diante de Deus. Passamos a nos conformar com a vida dele, porque estamos sob a jurisdição do seu Reino.

Estar justificado significa ter nossa situação legalizada, em sintonia com o governo. Nada se coloca entre nós e a lei. Portanto, não temos de temer nenhuma autoridade. Se guardarmos as leis de Deus, Ele nos protegerá. Se vivermos de acordo com a lei, tudo de que necessitamos virá até nós. A Bíblia afirma que até a riqueza dos ímpios está reservada para os justos (Pv 13.22). E quem são os justos? Aqueles que cumprem a lei do Senhor.

Conclusão

E é nessa busca pelo Reino que receberemos do Senhor os acréscimos "todas as coisas", ou seja, todas as necessidades diárias da vida pelas quais o restante do mundo se esforça, atribula-se e preocupa-se; virão para nós como acréscimo do Senhor. Nenhuma religião é capaz de oferecer garantias semelhantes as do Reino de Deus.

Hoje você têm a oportunidade de se tornar um cidadão do Reino de Deus entregando a sua vida ao Rei Jesus.

PR. CÉSAR BRAGA

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