PARÁBOLA DOS TALENTOS >> BAIXE AQUI! <<
Texto: Mt 25:14-30
Introdução
A Parábola dos Talentos foi contada como parte da resposta que Jesus deu
aos seus discípulos quando eles lhe perguntaram sobre “o sinal da sua vinda e do
fim dos tempos.” (Mt 24:3) Ela é uma das quatro ilustrações usadas pelo
Mestre, as outras três são: do servo fiel e prudente, das dez virgens e das
ovelhas e os bodes, registradas nos capítulos 24 e 25 do Evangelho de
Mateus.
Mas, o que é uma "parábola"? Segundo o dicionário bíblico é uma narrativa,
imaginada ou verdadeira, que se apresenta com o fim de ensinar uma verdade
importante. A parábola nos faz ver as pessoas na sua maneira de viver e
proceder. Os escribas e os doutores da lei faziam grande uso das parábolas e da
linguagem figurada, para ilustração de suas homílias/sermões.
Outra coisa a esclarecer sobre essa parábola é que o “talento” que é
mencionado aqui refere-se a dinheiro. Hoje em dia, falamos de "talento"
relacionado às habilidades naturais ou adquirida de uma pessoa e que a conduzem
ao sucesso em determinada atividade, ou seja, os seus dons, suas aptidões tais
como afinação para cantar, a capacidade de representar, tocar um instrumento
musical, escrever, compor músicas, jogar futebol, etc. Na época de Jesus o
talento era uma espécie de peça de ouro ou de prata muito valiosa e que pesava
cerca de 35 quilos. Estima-se que poderia equivaler ao salário de vinte anos de
um trabalhador braçal.
Apesar desse talento mencionado no texto ser dinheiro, creio que podemos,
na interpretação do ensino dessa história, entendermos que Jesus Cristo é esse
senhor da parábola e que Ele nos dá muitas coisas valiosas (dons, capacidades,
habilidades, oportunidades, etc) para usarmos e multiplicarmos em nossa vida e,
principalmente, para o Seu reino. O trabalho na seara do Senhor está intimamente
relacionada às habilidades potenciais, que cada ser humano recebe do
Criador.
Podemos tirar muitas lições da Parábola dos Talentos, mas quero destacar
três. A primeira lição que tiramos é que:
1) Deus nos dá talentos conforme a nossa capacidade.
Na parábola, os três homens ganharam quantidades diferentes de talentos
segundo as suas capacidades. O Senhor deu mais a quem tinha mais condições de
administrar, era mais desatado e que, por consequência, obteve um sucesso
maior.“A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a
sua própria capacidade; e, então, partiu.” (Mt 25:15) Apesar de quantidades
diferentes, todos receberam talentos. Mesmo o que recebeu apenas um talento,
recebeu algo de muito valor e era capaz de fazer esse talento frutificar! Às
vezes achamos que somos preteridos/rejeitados por Deus pelo fato do outro ter
recebido mais do que nós. Esquecemos que o Senhor nos conhece e sabe do nosso
potencial. Ele nos concedeu talentos conforme a nossa capacidade de
frutificar.
A segunda lição que extraímos dessa parábola é que:
2) Deus deseja que multipliquemos os talentos que Ele nos dá.
O servo que recebeu cinco talentos negociou e granjeou outros cinco. O que
recebeu dois talentos, negociou e granjeou outros dois. No acerto de contas
vemos que aquele senhor se alegra com os servos que multiplicaram o talento que
receberam, sem distinção. O que recebeu menos foi honrado do mesmo jeito que o
que recebeu mais: “Então, aproximou-se o que recebera cinco talentos e
trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos;
eis aqui outros cinco talentos que ganhei com eles. E o seu senhor lhe disse:
Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor. E, chegando também o que tinha recebido dois
talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles ganhei
outros dois talentos. Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre
o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.” (Mt
25:20-23)
O que importou para o Senhor não foi a quantidade mas a fidelidade, a
diligência, o cuidado, o zelo no uso daqueles talentos.
Você têm multiplicado os talentos que Deus te deu? Você têm sido diligente
e fiel no uso desses talentos? Você têm utilizado esses talentos em prol do
Reino ou apenas em benefício particular para se promover? É crescente o número
de pessoas que descobriram e desenvolveram o seu talento dentro das Igrejas e
que partiram para o mundo. Os exemplos são muitos: Banda Catedral, Danilo
Gentili, Whitney Houston, Elvis Presley, entre outros.
A última lição que a Parábola dos Talentos nos ensina é que:
3) Deus nos cobrará pelo que fizermos com os talentos.
Todos os três homens que receberam talentos foram cobrados pelo que fizeram
com eles. Receber talentos é também receber responsabilidades. A Bíblia declara
que a quem muito é dado muito será cobrado.
O último servo, apesar de ter apenas conservado o seu talento, recebeu dura
cobrança por não multiplicá-lo. Os antigos orientais quando sentiam-se
ameaçados, tinham o costume de guardar objetos preciosos debaixo da terra, para
os manter em segurança. Quantas pessoas à semelhança desse servo têm enterrado
os seus talentos. Os motivos são vários: Decepção, frustração, falta de tempo...
e inúmeros outros argumentos. O problema do servo considerado infiel não foi a
sua pouca capacidade, pois o senhor distribuiu os talentos conforme a capacidade
de cada um. Jesus revela que o motivo que impediu aquele servo de lograr êxito
na sua jornada foi justamente o medo que o paralisou. O senhor não aceitou a sua
argumentação e foi severo tirando dele aquele talento: “Respondeu-lhe, porém, o
senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde
não espalhei? (…) Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez.” (Mt
25:26,28)
Conclusão
Jesus espera que seus discípulos deem o melhor dos seus dons, de suas
habilidades no ministério de ganhar vidas para o Reino. A Igreja primitiva, no
primeiro século, a partir do Pentecostes, começou a fazer negócios com os
talentos que Deus havia dado. O livro de Atos atesta a diligência deles na obra
de pregar e fazer discípulos (At 6:7).
E se formos fiel com estes poucos talentos, certamente nos será dado
tesouros eternos, guardados para o grande dia em que nos revelará o nosso
Senhor.
PR. CÉSAR BRAGA
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