NA PRESENÇA DOS MEUS INIMIGOS
Texto: Sl 23:5 >> BAIXE AQUI! <<
"Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha
cabeça com óleo, o meu cálice transborda."
Introdução
Algumas vezes o melhor presente que Deus pode nos dar é um inimigo. Talvez
você tenha pensado: "Pastor, o senhor está ficando louco?" Não. Seu inimigo é
sua promoção! Observe que quando o Senhor desejou promover Davi, Ele lhe deu
Golias. Quando Deus quis promover Moisés, Ele lhe deu Faraó. Quando o Senhor
pretendeu promover Ester Ele lhe presenteou Hamã.
Minha motivação em abordar esse tema foi para que descobríssemos a
importância dos nossos inimigos no processo de formação e amadurecimento da
nossa vida, sendo alguém indispensável para o nosso crescimento e
promoção.
A título de exemplo, quando se quer manter um peixe fresco é necessário
colocar no mesmo tanque aquela espécie e o seu predador, o seu inimigo. No caso
do atum põe-se alguns filhotes de cações, pois assim eles ficam em movimento o
tempo todo dando uma qualidade melhor à sua carne.
Precisamos mudar nossa maneira de pensar a respeito dos obstáculos que
enfrentamos na vida, pois eles são na verdade, grandes oportunidades.
ILUSTRAÇÃO SAPATOS PARA ÍNDIA
Havia uma indústria de calçados, aqui no Brasil, que desenvolveu um projeto
de exportação de sapatos para a Índia. Em seguida, mandou dois de seus
consultores a pontos diferentes daquele país, para fazer as primeiras
observações do potencial daquele futuro mercado. Após alguns dias de pesquisas,
um dos consultores enviou o seguinte fax para a direção da indústria: “Senhores,
cancelem o projeto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa
sapatos”. Sem saber desse fax, alguns dias depois, o segundo consultor mandou o
seu: “Senhores, tripliquem o projeto da exportação de sapatos para a Índia. Aqui
ninguém usa sapatos ainda.” A mesma situação era um tremendo obstáculo para um
dos consultores e uma fantástica oportunidade para outro. Da mesma forma, tudo
na vida pode ser visto com enfoques e maneiras diferentes. Desejo que você saia
daqui hoje olhando o seu inimigo com outro enfoque.
Quem são os nossos inimigos? Em termos bíblicos, há dois tipos de inimigos:
o demoníaco e o humano.
Os demoníacos são o diabo e todos seus principados e potestades do inferno.
Jesus disse em Mateus 13:39 “O inimigo (...) é o diabo”. Quando Davi fala do
“forte inimigo” no Salmos 18, está falando das hostes demoníacas que o odiavam
devido o seu caminhar reto e íntegro com o Senhor: “Livrou-me de forte inimigo e
dos que me aborreciam, pois eram mais poderosos do que eu” (Sl 18:17).
Porém muitos dos nossos inimigos não são demoníacos Quando Jesus nos diz
para “amar os nossos inimigos”, Ele certamente não está falando do diabo e seu
bando, e sim, sobre pessoas em sua vida que se tornaram ferramentas utilizadas
por satanás para lhe fazerem infeliz. Foram os inimigos humanos de Davi que o
levaram a clamar: “Livra-me, ó Senhor, dos meus inimigos, pois em ti é que eu me
refugio” (Sl 143:9).
Qualquer pessoa que determine no coração seguir a Jesus, será uma ofensa
para muitos e sofrerá resistência tanto do diabo e seus espíritos malignos
quanto dos não crentes e cristãos carnais. O Senhor, todavia, lhe dará vitória
contra todos os seus inimigos sejam eles demoníacos ou humanos.
A chegada do inimigo anuncia três bênçãos que estão vindo na nossa direção.
Portanto, quando o inimigo vier, tire o foco dele e olhe para o que vem atrás
dele, veja as bênçãos noticiadas pela sua chegada. Precisamos orar como o
profeta Elizeu que pediu para o Senhor abrir os olhos do seu moço para que ele
pudesse ver além dos inimigos (2 Rs 6:16-17).
A primeira bênção anunciada pelo inimigo é:
1. O seu banquete está chegando – "Preparas-me uma mesa na presença dos
meus inimigos (...)"
No antigo Oriente Médio, o convite para uma refeição era não somente um
gesto de hospitalidade, mas também uma celebração que simbolizava vínculos de
amizade, de solidariedade, de aliança e comemorações de vitórias.
Penso que de todas as maravilhosas promessas que Deus nos fornece no Salmo
23, esta é uma das mais gloriosas. Ele diz que vai preparar uma mesa farta para
nós, vai vestir um avental de garçom e nos servir um banquete. E tudo isso na
frente dos nossos inimigos. É o banquete da vitória, a comemoração porque a
minha vitória chegou. Eu não sei quais são as lutas que você têm travado ou
quais os inimigos que você têm enfrentado, mas eu quero profetizar que Deus está
preparando o banquete da tua vitória. O inimigo apareceu? Ele veio anunciar que
o seu banquete está chegando.
Quando Jesus venceu o diabo no deserto, o Senhor ordenou que um banquete
fosse servido a Ele pelos anjos em pleno deserto (Mt 4:11). Ainda que você
esteja passando por desertos na sua vida, Deus vai ordenar que os anjos te
sirvam o banquete da vitória e isso na presença dos teus inimigos. Se a luta
está grande e a guerra está acirrada, se alegre, sorria, cante, porque a sua
vitória já está a caminho.
Jesus nos diz que o Pai faz isso com todos Seus filhos: “Bem aventurados
aqueles servos, os quais, quando o senhor vier, achar vigiando! Em verdade vos
digo que se cingirá, e os fará assentar à mesa e, chegando-se, os servirá” (Lc
12:37).
O termo “mesa”, no verso 5 do Salmo 23 que lemos no início, significa “algo
estendido”. O sentido é estender uma toalha e comer juntos, como num
“piquenique”.
Na cultura judaica, um convite para comer junto era um convite para se
fazer ou renovar uma aliança. Davi estava dizendo para Deus: “Estende uma toalha
perante mim, vamos cear juntos, vamos fazer uma aliança, vamos renovar a aliança
na presença dos meus inimigos!” Talvez você se afastou do Senhor e quebrou a sua
aliança com Ele. Hoje Deus te convida para sentar à mesa e renovar a sua aliança
com Ele. Ou quem sabe você nunca fez uma aliança com o Senhor, hoje Ele te chama
para selar esse compromisso.
Jesus mandou os seus discípulos prepararem a ceia para comerem juntos a
Páscoa, em meio a perseguição do clero religioso que procurava matá-lo. O Mestre
se reuniu à mesa com os seus Apóstolos e ali comeram, beberam e fizeram aliança
dentro do cenáculo. Por isso, não obstante a luta e a oposição do inimigo,
celebre e faça aliança com Deus.
A segunda bênção anunciada pelo inimigo é:
2. Virá uma nova unção sobre sua vida – "Unges-me a cabeça com
óleo(...)"
No tempo de Davi era largamente difundido entre os israelitas o uso do óleo
sacerdotal e do óleo aromático, o de aromas é o citado no Salmos 23. Os bons
anfitriões, num ato de prestação de honra, ungiam a cabeça e os pés dos seus
convidados antes do banquete, e dispensavam-lhes proteção a todo custo.
Jesus ao ser convidado para um banquete na casa de um fariseu chamado Simão
o censurou porque ele não lhe deu água para lavar os pés e nem ungiu a sua
cabeça com óleo (Lc 7:45-46).
Também era costume, no meio da refeição, o anfitrião ungia a cabeça do
convidado de honra, com uma gota de óleo perfumado. Portanto, ser ungido pelo
Senhor é sinal de que chegou o tempo da honra e da proteção de Deus na nossa
vida. Talvez até aqui você tenha passado muita humilhação e desprezo na sua vida
a ponto de achar que ninguém era por você o que o levou a sentir-se
completamente desamparado. À chegada do inimigo veio anunciar um novo tempo, o
tempo da honra e da proteção do Altíssimo.
O óleo também simboliza o Espírito Santo. Deus mostra que somos seus
convidados especiais para o seu banquete, as bodas do cordeiro. E o Senhor nos
ungiu e nos perfumou com o seu Espírito. Enquanto nos alimentamos deste
banquete, na presença dos nossos inimigos, Deus unge a nossa cabeça com o óleo
da alegria. “O teu Deus te ungiu com o óleo de alegria, mais do que a teus
companheiros” (Sl 45:7).
A unção espiritual é a capacitação dada por Deus a uma pessoa para cumprir
uma missão específica e especial, dentro dos propósitos divinos. Unção é
poder!
"A sua unção é proporcional ao tamanho do seu inimigo." Quando o inimigo
achava que estava para nos exterminar, a presença dele veio anunciar o tempo da
dupla honra e da unção dobrada sobre a nossa vida.
A terceira e última bênção anunciada pelo inimigo é:
3. Os seus celeiros transbordarão – "(...) O meu cálice transborda."
Um cálice transbordante é um cálice cheio? Sim. O vinho atinge as bordas e
derrama-se pelas beiradas. A taça não é grande o suficiente para conter a
quantidade simbolizando que o nosso coração não é grande o suficiente para
conter as bênçãos que Deus quer nos dar. Ele despeja e despeja, até que elas
literalmente fluam por cima da borda e se derramam sobre a mesa. É isso que
acontece com todos que decidem se assentar na mesa do Senhor e que são por Ele
ungidos com o óleo do seu Espírito.
O copo transbordante era um forte símbolo nos dias de Davi. No antigo
Oriente, os hospedeiros usavam-no para enviar uma mensagem ao hóspede. Enquanto
o copo permanecesse cheio, o hóspede sabia que era bem-vindo. Mas quando o copo
ficava vazio, sugeria ao hóspede que a hora era tardia, ou seja, era hora de ir
embora, numa linguagem moderna era hora de "vazar". Naquelas ocasiões em que o
hospedeiro realmente apreciava a companhia da pessoa, ele enchia o copo até
transbordar. Ele não parava quando o vinho atingia a borda; ele continuava
despejando até que o líquido escorresse pelas beiradas do copo e se derramasse
na mesa. Você já notou como a sua mesa está molhada? Deus quer que você fique.
Ele aprecia a sua companhia. Ele sente saudades de você. Ele te espera todos os
dias lá na intimidade do seu quarto. O seu cálice transborda porque Ele
realmente quer que você não vá embora. Quando permanecemos na presença do Senhor
Ele faz o nosso cálice transbordar de alegria, de graça e de paz. Não deve o seu
coração transbordar de gratidão?
O pai do filho pródigo não queria que ele fosse embora de casa. A vida do
filho pródigo teve dois momentos: Quando ele tinha a bênção do pai e não as
riquezas, e quando ele tinha as riquezas mas não tinha a benção do pai. Qual a
sua condição? Talvez você adquiriu riquezas mas perdeu a bênção do Pai. Quer um
conselho do homem mais sábio da Bíblia, o rei Salomão? Prefira ter a bênção de
Deus. "A bênção do SENHOR é que enriquece; e não traz consigo dores." (Pv 10:22)
A benção do Senhor lhe fará ter celeiros transbordando.
Conclusão
A visão que tenho desse texto é da Igreja adorando de mãos levantadas e o
inimigo à nossa volta, em grande quantidade, mas todos presos, amarrados,
maquinando o mal, mas sem poder fazer nada a não ser observar a nossa trajetória
de vitória. Em todo tempo da nossa vida estamos na presença dos nossos
inimigos.
Portanto, a presença do inimigo embora nos traga alguns incômodos vem
publicar que o nosso banquete está chegando, que virá uma nova unção sobre a
nossa vida e que os nossos celeiros transbordarão. Os nossos inimigos são a
porta da nossa promoção.
Israel é o melhor lugar para entendermos esse texto, pois eles vivem o
tempo todo na presença dos inimigos (Jordânia, Síria, Líbano e o Egito), são
rodeados por eles, e essas três bênção anunciadas tem se cumprido na vida deles.
Na presença dos inimigos eles tem prosperado muito.
Lindo muinto lindo maravilhosa esta palavra
ResponderExcluirAmei o texto
ResponderExcluirSempre tive perguntas deste texto salmos 23. De verdade me encheu o coracao.
Maravilhoso! Muito obrigada por ministrar tão poderosamente a palavra de Deus ao meu coração. Deus o abençoe e prospere!
ResponderExcluirAmém, Glórias à Deus por essa palavra😊
ResponderExcluirDrus abençoe por essa explicação tão ungida. Quando lia esse versiculo, não sabia como interpreta-lo. Me ajudou muito, abrindo minha visão e o meu coração.
ResponderExcluirMuito obrigado pelo estudo, pastor. Que Deus abençoe mais e mais o seu ministério.
ResponderExcluirAmém pastor Muito obrigado pela explicação que Deus te abençoe, me ajudou muito a entender
ResponderExcluirGostei muito desta mensagem. Vai me ajudar muito. Eu estava procurando algo neste texto para pregar em minha igreja. Deus o abençoe mais Pastor.
ResponderExcluirBelíssimo estudo. Obrigada Meu Deus, precisava ler tudo isso... aumenta Senhor minha fé..... preciso ser forte diante das tribulação
ResponderExcluirUm texto muito distorcido da proposta de evangelho que nos ensina que nossos inimigos não são pessoas mas desejos e sentimentos. Faltou o espírito de amor do Evangelho. Precisamos vencer os nossos inimigos que são o pecado que habita em nós, a ganância, presunção, arrogância, narcisismos, idolatria, etc que se materializam no cotidiano de impensáveis maneiras.
ResponderExcluirAmém! Que palavra boa
ResponderExcluirMeu Deus que palavra
ResponderExcluirQue palavra abençoada.
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