COMO AS PESSOAS REAGEM DIANTE DA DIFICULDADE
Texto: 2 Rs 6:24-33; 7:1-20 >>BAIXE AQUI!<<
INTRODUÇÃO
Roboão, filho do rei Salomão, causa divisão entre as tribos de Israel, separando a Nação em dois Reinos: o Reino do Norte e o Reino do Sul. As tribos de Judá e Benjamin seguem a Roboão que estabelece Jerusalém como a capital do Reino do Sul também chamado de Judá. As outras dez tribos seguem Jeroboão que estabelece Samaria como a capital do Reino Norte também chamado de Israel.
Este texto retrata o cerco de Samaria pelo Rei Ben-Hadad da Síria que
alguns historiadores presumem tenha demorado meses. Samaria ficou num estado de
calamidade sem comida e sem água.
Neste relato dos capítulos seis e sete, podemos observar algumas pessoas
com atitudes completamente diferentes diante do mesmo problema. Os personagens
são os mesmos de hoje. Mudam os nomes, mas as atitudes não. Eles
representam classes de pessoas que estão vivas em cada geração, inclusive na
nossa.
A primeira classe de pessoas são aqueles que entram em desespero.
1) Os que entram em desespero (6:24-29): O dicionário define desespero como: falta de esperança acompanhada de sentimentos violentos de mágoa e/ou revolta. Aflição extrema.Perder a esperança, desanimar. Sensação de impotência. Portanto, o que leva alguém a entrar em desespero? Uma aflição extrema, um problema grande demais que nos faz sentir impotente diante da situação, levando-nos a perder a esperança. Uma pessoa desesperada comete atrocidades e vê o problema maior do que ele na verdade é. Veja as barbaridades praticadas:
Duas mães realizando o canibalismo, cozinhando os próprios filhos para
comer, uma prática condenada na Lei de Deus (Lv 26:29). O amor de mãe é louvado
e reconhecido em todo o mundo. Uma mãe é capaz de morrer por seus filhos. Isso
nos dá uma noção do tamanho do desespero vivido.
As pessoas comendo cabeça de jumento, uma parte indesejável de um animal
considerado imundo para o povo judeu (Lv 11:2-7; Êx 34:20) estava sendo vendida
por quase 1 kg de prata. Esterco de pombas havia se tornado comida.
A Palavra de Deus nos diz que essa não deve ser a nossa postura.
"De todos os lados somos oprimidos pelas dificuldades, porém não somos
esmagados. Ficamos perplexos porque não sabemos a razão de certas coisas nos
acontecerem, mas não desesperados. Somos perseguidos, mas não abandonados. Somos
abatidos, mas não somos destruídos." (2 Co 4:8-9)
A segunda classe de pessoas são aqueles que murmuram e procuram
culpados.
2) Os que murmuram e procuram culpados (6:30-31): Existem aqueles que na hora da dificuldade só sabem reclamar, se esquecem da bondade de Deus e não conseguem enxergar nada de bom.
As palavras de murmuração carregam um imenso poder destrutivo capaz de
envenenar o presente e comprometer o futuro. A reclamação abre muitas portas
para o inimigo, pois as palavras são reservatórios de poder. Palavras
resmungonas e de murmuração destroem a alegria de quem reclama e também afetam
as pessoas que ouvem. Foi o que aconteceu com os 10 espias que envenenaram todo
o povo e por isso toda aquela geração morreu no deserto (Nm 13:31-33). Pessoas
verdadeiramente agradecidas não reclamam; elas estão tão ocupadas sentindo
gratidão pelas coisas boas que têm, que não têm tempo para reparar nas coisas
sobre as quais poderiam reclamar. A Bíblia é muito enfática quando diz:
"E não murmureis, como também alguns deles murmuraram, e pereceram pelo
destruidor." (I Co 10:10)
Essas pessoas murmuradoras, diante da dificuldade, procuram a todo preço um
bode expiatório. O Rei logo achou um culpado daquela situação: o profeta Eliseu.
Esse tipo de gente nunca é culpado pelos seus erros, pelos seus pecados, pelas
suas derrotas. Sempre acha um culpado: o Governo, os pais, o Pastor, o
discipulador, a esposa, os filhos... É a herança adâmica, colocamos a culpa no
outro e não assumimos o nosso próprio erro. "Então disse Adão: A mulher que me
deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi." (Gn 3:12)
Entretanto, a Bíblia também declara: "De que se queixa, pois, o homem
vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados." (Lm 3:39) Assuma seus erros e as
suas falhas.
A terceira classe de pessoas são aqueles que não crêem.
3) Os que não crêem (7:1-2): Não crer é não dar crédito, não acreditar, não
ter fé. A incredulidade se torna um empecilho para que Deus realize milagres no
nosso meio. Jesus não realizou muitas maravilhas em Nazaré por causa da
incredulidade daquele povo. (Mt 13:58)
Os incrédulos só enxergam as dificuldades. Eles não conseguem contemplar a
onipotência de Deus. Jesus falou a Marta irmã de Lázaro: “Se creres verás a
glória de Deus.” (Jo 11:40) O anjo Gabriel disse a Maria: “Porque para Deus não
haverá impossíveis em todas as suas promessas” (Lc 1:37)
Vou voltar no tempo. Quando criança eu assistia um desenho animado cujo
personagens era o Lippy e o Hardy. O Lippy era um leão muito positivo e crédulo.
O Hardy era uma hiena muito pessimista e extremamente incrédula. Lippy sempre
bolava planos mirabolantes para os dois se darem bem, mas Hardy, com todo o seu
pessimismo, nunca acreditava que teriam sucesso. Nessas horas que ele dizia a
famosa frase: "Oh céus! Oh vida! Oh azar! Isto não vai dar certo!” E realmente
diante de toda aquela falta de fé eles sempre se davam mal. Então o Hardy
declarava: "Eu sabia que não ia dar certo!"
O Capitão não experimentou o milagre porque foi incrédulo (7:19-20). Sem fé
é impossível agradar a Deus nem tampouco alcançar as vitórias almejadas.
“Os quais pela fé conquistaram reinos, praticaram a justiça, alcançaram o
cumprimento de promessas, fecharam a boca de leões, apagaram o poder do fogo e
escaparam do fio da espada; da fraqueza tiraram força, tornaram-se poderosos na
batalha e puseram em fuga exércitos estrangeiros.” (Hb 11:33-34)
A quarta classe de pessoas são aqueles que fazem alguma coisa.
4) Os que fazem alguma coisa (7:3-10): Diante das dificuldade temos que ter
atitudes positivas de fé e fazermos a nossa parte.
Às vezes as coisas não acontecem porque não agimos, ficamos esperando pelo
outro, esperando que alguém faça alguma coisa, e nós não movemos um único
dedo.
Vá orar, ponha seu joelho no chão, clame, jejue, se humilhe diante de Deus.
Quer mudança? Seja você um agente de mudança. A "Fábula do Beija-Flor" reflete
isso com muita propriedade.
Os leprosos moveram-se e foram portadores de boas novas.
A última classe de pessoas são aqueles que confiam e descansam em
Deus.
5) Os que confiam e descansam em Deus (6:32'a'; 7:1): Confiar é ter confiança, acreditar. Entregar sem receio; deixar à guarda de. Muitas vezes dizemos que confiamos em Deus mas somos incapazes de entregar sem receio a Ele os nossos problemas, os nossos anseios, acreditando que Ele vai resolver. A maior parte de nós faz orações para que o Senhor advogue as nossas causas e quando terminamos pegamos novamente o fardo dos nossos problemas e voltamos para casa com ele. Por isso muitos andam cansados, oprimidos e sobrecarregados. Jesus quer nos aliviar e dar descanso (Mt 11:28-30).
O profeta Elizeu conhecia o Deus da providência a quem ele servia, o Jeová
Jireh, o Deus que trabalha por aqueles que nele esperam. (Is 64:4)
CONCLUSÃO
Qual tem sido a sua atitude diante das adversidades que você tem
enfrentado? Qual destes personagens representa você?
O que Deus não espera de você?
Que você se desespere a ponto de perder a esperança e praticar
atrocidades.
Ele também não quer que você trilhe o caminho da murmuração se esquecendo
da sua bondade, e buscando um culpado para sua situação.
Deus não espera de você uma atitude de incredulidade onde só consiga
enxergar as dificuldades e não a Onipotência do seu Deus.
O que Ele espera de você?
Atitudes positivas, que você faça alguma coisa e que se torne um agente de
mudança.
Que você confie nele a ponto de entregar-lhe todos os seus problemas e
dificuldades, descansando na certeza do seu cuidado.
A Bíblia diz que nós devemos ter por motivo de toda alegria o passardes por
várias provações. (Tg 1:2) Você tem se alegrado quando provado por Deus?
Está escrito que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus. (Rm 8:28)
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